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Advogado de defesa diz em julgamento que não há provas contra Bola

Fernando Magalhães disse que a morte de Eliza Samúdio é a história mais fantasiosa que já ouviu e sugeriu que deveria ser criada no Facebook uma página "Mate Eliza Samudio. Curta aqui".

postado em 27/04/2013 17:38
O advogado Fernando Magalhães assumiu a palavra para concluir a defesa de Marcos Aparecido dos Santos depois de uma hora da explanação de Ércio Quaresma. O defensor começou dizendo que pouco foi falado sobre o processo judicial porque não há provas contra Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.

[SAIBAMAIS] Magalhães afirmou que o primo do goleiro Bruno, Jorge Luiz Lisboa Rosa, não teria condições de ver Eliza Samudio ser estrangulada em um local onde não havia iluminação. Garantiu que o rapaz, que à época era adolescente, inventou toda a história. Disse que a morte da jovem é a história mais fantasiosa que já ouviu e sugeriu que deveria ser criada no Facebook uma página "Mate Eliza Samudio. Curta aqui", sugeriu o advogado.

Ércio Quaresma
O advogado de defesa de Bola disse que o goleiro Bruno financiava um grupo de pagode do policial civil aposentado José Laureano de Assis, o Zezé, com o cuidado da ressalva de que não há provas sobre isso. Em seguida, apontou para Bola e falou "esse cara aqui é inocente", sugerindo que foi Zezé o executor de Eliza Samudio. Já num próximo instante, voltou a falar de si próprio, citando reiteradamente seu envolvimento com o crack.



O advogado se ajoelhou diante de um dos jurados e com a face bem próxima a dele, perguntou em retórica coisas como "eu vou condenar o réu porque o advogado dele é arrogante? Eu sou", disse. Usou outros adjetivos, como "noiado", despresível, etc. "Mas o senhor jurado vai conseguir olhar no espelho e ver esses lindos olhos verdes sabendo que condenou um inocente", questionou o defensor em tom intimidador.

Logo depois, Quaresma se ajoelhou diante de uma das juradas, também com a face bem próxima dela, olhando nos olhos, tomou nas mãos novamente um dos volumes do processo que corre em segredo de Justiça com a investigação a cerca de Zezé e Gilson Costa e questionou se a mulher poderia julgar um segredo. "Por que o promotor conhece a verdade que está aqui e eu não posso conhecer", indagou Quaresma.

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