postado em 06/05/2013 20:42
Rio de Janeiro ; Em 2012, das 6.029 vítimas de estupro no estado do Rio de Janeiro, 82,8% eram mulheres ou meninas, 51,4% tinham até 14 anos de idade, 51,1% conheciam seus agressores e em 29,7% dos casos, o agressor era parente da vítima.
Os dados estão na oitava edição do Dossiê Mulher, lançado nesta segunda-fera (6/5) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão da Secretaria de Estado de Segurança Pública. O documento tem como base os registros oficiais de ocorrências nas delegacias de polícia de todo o estado.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Pesquisa do ISP, Andréia Soares, o levantamneto indicou que o crime de estupro tem mais chance de acontecer quando mais nova é a vítima e maior a proximidade com o acusado.
;Essas faixas etárias tão jovens, a resistência se torna mais difícil e aumenta a chance do agressor atingir seu intento. E esse agressor, é um outro aspecto muito importante, está dentro de casa. O grau de proximidade entre as vítimas de estupro e tentativa de estupro e os autores é alarmante;.
Andréia explicou que a análise de 2013 foi ampliada com o acréscimo de oito itens: tentativa de estupro; dano; violação de domicílio; supressão de documento; constrangimento ilegal; calúnia, difamação e injúria. Com isso, o panorama sobre a violência contra a mulher foi retratada nas formas física, sexual, patrimonial, moral e psicológica, conforme a Lei Maria da Penha.
;Acrescentar esses títulos fez com que a análise ficasse um pouco mais ampla em relação aos registros da violência. Também o objetivo é servir como um indicativo de que as mulheres estão mais conscientes das várias dimensões da violência a que elas estão expostas, e que não se resumem às agressões físicas, mas a outros tipos de violência;, disse.
Os resultados da pesquisa indicam que as mulheres também são maioria das vítimas dos crimes de calúnia, injúria e difamação (72,4%), ameaça (66,7%), lesão corporal dolosa (65,3%) e constrangimento ilegal (56,6%). Em quase todos os crimes pesquisados houve aumento nos registros, mas, segundo a pesquisadora, não significa que a violência contra a mulher tenha aumentado no período. ;Não é necessariamente o aumento da violência, mas é a diminuição da subnotificação. Há várias políticas de conscientização e até de incentivo ao registro, e isso ajuda com que os números cresçam ano a ano;, ressaltou.
A pesquisadora destacou ainda que o levantamento constatou que existe um melhor entendimento da sociedade sobre a Lei Maria da Penha, além de políticas públicas de apoio, como a criação de órgãos e centros especializados no atendimento à mulher vítima de violência.
Os dados estão na oitava edição do Dossiê Mulher, lançado nesta segunda-fera (6/5) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão da Secretaria de Estado de Segurança Pública. O documento tem como base os registros oficiais de ocorrências nas delegacias de polícia de todo o estado.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Pesquisa do ISP, Andréia Soares, o levantamneto indicou que o crime de estupro tem mais chance de acontecer quando mais nova é a vítima e maior a proximidade com o acusado.
;Essas faixas etárias tão jovens, a resistência se torna mais difícil e aumenta a chance do agressor atingir seu intento. E esse agressor, é um outro aspecto muito importante, está dentro de casa. O grau de proximidade entre as vítimas de estupro e tentativa de estupro e os autores é alarmante;.
Andréia explicou que a análise de 2013 foi ampliada com o acréscimo de oito itens: tentativa de estupro; dano; violação de domicílio; supressão de documento; constrangimento ilegal; calúnia, difamação e injúria. Com isso, o panorama sobre a violência contra a mulher foi retratada nas formas física, sexual, patrimonial, moral e psicológica, conforme a Lei Maria da Penha.
;Acrescentar esses títulos fez com que a análise ficasse um pouco mais ampla em relação aos registros da violência. Também o objetivo é servir como um indicativo de que as mulheres estão mais conscientes das várias dimensões da violência a que elas estão expostas, e que não se resumem às agressões físicas, mas a outros tipos de violência;, disse.
Os resultados da pesquisa indicam que as mulheres também são maioria das vítimas dos crimes de calúnia, injúria e difamação (72,4%), ameaça (66,7%), lesão corporal dolosa (65,3%) e constrangimento ilegal (56,6%). Em quase todos os crimes pesquisados houve aumento nos registros, mas, segundo a pesquisadora, não significa que a violência contra a mulher tenha aumentado no período. ;Não é necessariamente o aumento da violência, mas é a diminuição da subnotificação. Há várias políticas de conscientização e até de incentivo ao registro, e isso ajuda com que os números cresçam ano a ano;, ressaltou.
A pesquisadora destacou ainda que o levantamento constatou que existe um melhor entendimento da sociedade sobre a Lei Maria da Penha, além de políticas públicas de apoio, como a criação de órgãos e centros especializados no atendimento à mulher vítima de violência.