postado em 07/05/2013 19:20
Rio de Janeiro ; A garantia estendida sobre produtos adquiridos pelos consumidores tem se tornado cada vez mais comum. No momento de fechar a compra, muitos vendedores oferecem o serviço, que amplia a proteção além do prazo de um ano oferecido legalmente pelos fabricantes. Mas a estratégia criada para beneficiar o cliente pode acabar trazendo dificuldades quando o produto apresentar defeito.Além disso, em muitos casos, a venda da garantia estendida é feita de forma dissimulada, sem que o consumidor entenda que está comprando o serviço. O alerta é da secretária Municipal de Defesa do Consumidor e coordenadora do Procon Carioca, Solange Amaral.
;O consumidor não sabe direito o que é aquilo. Ele adquire um liquidificador e compra outra coisa (junto), o que constitui uma venda casada. É passado um seguro, que não é mais do fabricante nem da loja. É um terceiro personagem que entra, uma seguradora. E o consumidor não tem clareza disso, do que está pagando e qual o direito nessa apólice. O vendedor meio que sugere, empurra, força a compra da garantia estendida;, explicou Solange.
O diretor jurídico do Procon estadual, Marcelo Moura, também alertou para o desconhecimento do consumidor das condições em que são oferecidos os benefícios. ;Em grande parte das situações, embute restrições, valores e condições para utilização que não compensam. Na maioria das vezes, isso não vem explicitado na hora da contratação. Em regra, têm situações que não são vantajosas. De forma genérica, não é um produto benéfico para o consumidor;, alertou.
Com objetivo de esclarecer os consumidores e propor alterações sobre o mercado do seguro de garantia estendida, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Secretária Nacional do Consumidor (Senacon) publicaram hoje (7) portaria conjunta no Diário Oficial ampliando e alterando a composição de um grupo de trabalho que deverá apresentar sugestões sobre a matéria dentro dos próximos 20 dias.
Também participam do grupo representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Ministério da Fazenda, além de representantes da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (Cnseg) e do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo.