postado em 08/05/2013 15:42
O uso da faixa de 700 mega-hertz (MHz) para internet móvel com tecnologia de quarta geração (4G) poderá resultar em interferências na TV digital brasileira. O alerta foi dado nesta quarta-feira (8/5) por representantes de três entidades do setor de radiodifusão ao presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Batista Rezende, e tem por base um estudo feito pelo governo japonês. Segundo as entidades, os gastos com filtros para televisores e celulares superaram a marca dos US$ 3 bilhões.
Atualmente, a faixa de 700 MHz é ocupada por emissoras de televisão analógicas. Elas terão de desocupar a faixa e passar a transmitir por meio de sinal digital antes do início da prestação de serviços 4G nesta faixa. A previsão é de que o leilão desta faixa seja realizado em 2014.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, os estudos feitos no Japão, que já disponibiliza 4G pela faixa de 700 Mhz, mostram a necessidade do uso de filtros, tanto nos aparelhos de TV digital (ou conversores), como nos celulares.
;Desde 2011 os aparelhos japoneses precisam de filtros. Queremos que isso seja levado em conta tanto para a formatação da consulta pública como para o edital [a ser lançado]. Até porque o Japão é um país que já usa o sistema digital a ser adotado pelo Brasil;, disse Slaviero.
Segundo ele, ao apresentarem o estudo japonês, a intenção das três entidades ; Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra), Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), além da Abert ; não é apresentar ;uma situação alarmista;, mas sim uma preocupação do setor.
;Nossas principais preocupações estão relacionadas à definição de qual será a banda de guarda necessária para evitar essas interferências e a definição de que eventuais custos sejam de responsabilidade de quem comprará a faixa [no leilão previsto para o ano que vem];, disse. Não há ainda qualquer estimativas sobre o custo da adaptação dos aparelhos no Brasil. No Japão já foram gastos pelo menos US$ 3 bilhões com medidas para evitar essas interferências.
Segundo o presidente da Anatel, o estudo apresentado será levado em consideração. No entanto, Rezende lembrou que há diferenças entre os dois países e, portanto, a decisão da agência levará em conta outros três estudos que estão sendo feitos no Brasil: um pela própria Anatel; um pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil); e outro pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET).
;A questão da densidade populacional no Japão, por exemplo, é bem diferente da daqui. Claro que o estudo deles é importante, mas temos de aguardar nossos testes. Não temos nenhum interesse em causar interferências de sinal, e a orientação do Ministério das Comunicações é que o processo não prejudique a indústria da radiodifusão. Portanto, nossos técnicos certamente apresentarão a solução para evitar problemas desse tipo;, disse Rezende.
Segundo a Anatel, não há ainda previsão oficial de conclusão destes testes. ;Eles têm de ser concluídos o mais rápido possível. De preferência antes do meu mandato terminar;, disse o presidente da Anatel. A expectativa, portanto, é de que até setembro eles sejam concluídos.
Atualmente, a faixa de 700 MHz é ocupada por emissoras de televisão analógicas. Elas terão de desocupar a faixa e passar a transmitir por meio de sinal digital antes do início da prestação de serviços 4G nesta faixa. A previsão é de que o leilão desta faixa seja realizado em 2014.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, os estudos feitos no Japão, que já disponibiliza 4G pela faixa de 700 Mhz, mostram a necessidade do uso de filtros, tanto nos aparelhos de TV digital (ou conversores), como nos celulares.
;Desde 2011 os aparelhos japoneses precisam de filtros. Queremos que isso seja levado em conta tanto para a formatação da consulta pública como para o edital [a ser lançado]. Até porque o Japão é um país que já usa o sistema digital a ser adotado pelo Brasil;, disse Slaviero.
Segundo ele, ao apresentarem o estudo japonês, a intenção das três entidades ; Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra), Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), além da Abert ; não é apresentar ;uma situação alarmista;, mas sim uma preocupação do setor.
;Nossas principais preocupações estão relacionadas à definição de qual será a banda de guarda necessária para evitar essas interferências e a definição de que eventuais custos sejam de responsabilidade de quem comprará a faixa [no leilão previsto para o ano que vem];, disse. Não há ainda qualquer estimativas sobre o custo da adaptação dos aparelhos no Brasil. No Japão já foram gastos pelo menos US$ 3 bilhões com medidas para evitar essas interferências.
Segundo o presidente da Anatel, o estudo apresentado será levado em consideração. No entanto, Rezende lembrou que há diferenças entre os dois países e, portanto, a decisão da agência levará em conta outros três estudos que estão sendo feitos no Brasil: um pela própria Anatel; um pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil); e outro pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET).
;A questão da densidade populacional no Japão, por exemplo, é bem diferente da daqui. Claro que o estudo deles é importante, mas temos de aguardar nossos testes. Não temos nenhum interesse em causar interferências de sinal, e a orientação do Ministério das Comunicações é que o processo não prejudique a indústria da radiodifusão. Portanto, nossos técnicos certamente apresentarão a solução para evitar problemas desse tipo;, disse Rezende.
Segundo a Anatel, não há ainda previsão oficial de conclusão destes testes. ;Eles têm de ser concluídos o mais rápido possível. De preferência antes do meu mandato terminar;, disse o presidente da Anatel. A expectativa, portanto, é de que até setembro eles sejam concluídos.