postado em 22/05/2013 17:03
São Paulo ; A capital paulista concentrou 34,5% do total de mortes confirmados no país por gripe Influenza A (H1N1). Foram, até o dia 15 de maio, 21 mortes pela doença, segundo o boletim epidemiológico do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado. Para conter o avanço da doença no município, a prefeitura vai oferecer gratuitamente o remédio usado no combate ao vírus, fosfato de oseltamivir (Tamiflu), também a pacientes com receita fornecida por médicos da rede médica particular.Segundo o Ministério da Saúde, no estado de São Paulo, o número de mortos pela doença até o início de maio representa 90% do total do país (foram 55 mortos em São Paulo, ante 61 no país). A quantidade registrada no estado em 2012 durante o mesmo período, por sua vez, foi apenas sete.
A Secretaria Municipal da Saúde disponibiliza em 235 postos os medicamentos Oseltamivir e Zanamivir, que são princípios ativos do Tamiflu. A orientação é que pacientes, parentes ou responsáveis dirijam-se às unidades de saúde com a prescrição médica em mãos. A prefeitura de São Paulo disponibiliza em seu site os postos onde estão disponíveis o Oseltamivir e o Zanamivir .
Para o infectologista e clínico da Unifesp Paulo Olzon, o alto índice de mortes em São Paulo não representa a realidade. ;Hoje nós estamos em um mundo globalizado, com livre trânsito de aviões, carros, entre várias cidades. Existe uma movimentação de pessoas doentes de um lugar para o outro e a possibilidade de contaminação é igual;, disse. Uma das hipóteses para a distorção seria a maior facilidade de diagnósticos a que os pacientes paulistas têm acesso.
Olzon lembrou que a chegada do frio antecipada no estado não faz diferença para o aumento de doentes. ;Se for falar em termos de frio, teria de ter mais casos no Rio Grande do Sul do que em São Paulo;, disse.
No estado, a vacinação contra a gripe continua até 29 de maio. O público-alvo são idosos com 60 anos ou mais, gestantes, mulheres que deram à luz em até 45 dias, crianças a partir de seis meses e menores de dois anos, indígenas, pacientes diagnosticados com doenças crônicas e profissionais de saúde.