Brasil

Regata ecológica da Marinha recolhe 220 quilos de lixo na Baía de Guanabara

Participaram do evento 250 pessoas, distribuídas em 20 embarcações, incluindo alunos da Escola Naval e de cinco universidades; entidades de defesa do meio ambiente também participaram da regata

postado em 22/05/2013 19:19

Cerca de 20 embarcações da Marinha participam da regata ecológica, que promove limpeza na Baía de Guanabara

Rio de Janeiro ; Bonecas, bolsas, sapatos, brinquedos, garrafas de plástico, pedaços de madeira, isopor e até partes de um computador estão entre os 220 quilos de lixo recolhidos das águas da Baía de Guanabara, na tarde desta quarta-feira (22/5), em apenas duas horas, durante uma regata ecológica. Participaram do evento 250 pessoas, distribuídas em 20 embarcações, incluindo alunos da Escola Naval e de cinco universidades.

Para o comandante da Escola Naval, contra-almirante Antônio Carlos Soares Guerreiro, o principal objetivo é levar conhecimento ecológico tanto aos alunos como à população que vive no entorno da Baía de Guanabara.

;Esta regata nasceu com o propósito de conscientizar os alunos para a preservação do meio ambiente e ,logo em seguida, integramos os jovens das universidades. Estamos na décima quarta edição e observamos que a quantidade de lixo vem aumentando com o passar dos anos. O grande propósito é educar as pessoas que vivem próximo às margens de rios e riachos para que não joguem lixo neste espelho d;água, principalmente quando se aproximam os Jogos Olímpicos de 2016, que terão importantes regatas aqui, na baía.;



Entidades de defesa do meio ambiente também participaram da regata, com objetivo de denunciar os crimes ecológicos, como o biólogo Rodrigo Gaião, coordenador da organização Guardiões do Mar. ;A maior fonte de poluição é o esgoto doméstico, que afeta principalmente a área mais ao fundo da baía [parte mais interna], que de tão assoreada já é possível caminhar com água pelas canelas. Apesar disso, ainda podemos identificar animais silvestres, como boto, jacaré, lontra e capivara. Peixes maiores, como o robalo e o melro, já são difíceis de serem encontrados. A garoupa ainda subsiste, principalmente junto às pedras.;

Entre os projetos desenvolvidos pela Guardiões do Mar, está o Uçá, que busca preservar o caranguejo que dá nome ao projeto. O uçá já foi abundante na Baía de Guanabara, mas hoje só é encontrado em poucas áreas preservada, como a Área de Proteção Ambiental de Guapi-Mirim. A baía recebe 35 rios. Eles banham 16 municípios localizados no entorno da Baía de Guanabara, onde vivem 11 milhões de pessoas.

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