Brasil

Ritmo de trabalho em canteiro de BH deve ser normalizado até amanhã

A expectativa é da Norte Energia, empresa responsável pela construção e futura operação da usina

postado em 31/05/2013 18:13
Após quatro dias paralisados, os trabalhos no principal canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, estão sendo retomados e deverão ser normalizados ao longo deste sábado (1;/6). A expectativa é da Norte Energia, empresa responsável pela construção e futura operação da usina.

Em nota divulgada esta tarde, a empresa informa que, tão logo os índios e representantes do governo federal chegaram a um acordo, os operários começaram a voltar aos seus postos de trabalho. Cerca de 4 mil dos 5 mil funcionários que trabalham no canteiro de obras Sítio Belo Monte, a cerca de 55 quilômetros de Altamira (PA), vivem em alojamentos erguidos no próprio local pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM).

Mais cedo, assessores do consórcio já haviam informado à Agência Brasil que, embora os índios permanecessem acampados no escritório central do canteiro, longe de áreas de produção, os trabalhos poderiam ser retomados sem riscos à segurança dos trabalhadores e dos próprios índios.



O acordo que possibilitou a retomada dos trabalhos foi fechado na quinta-feira (30/5) à noite. Após muita resistência, lideranças indígenas aceitaram a proposta do governo federal. Um grupo de índios viajará a Brasília na próxima quarta-feira (5/5) para se reunir com representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República e dos ministérios da Justiça e de Minas e Energia. Os índios, no entanto, permanecerão no canteiro, pelo menos, até o dia do encontro. A decisão definitiva sobre deixar ou não o local vai depender do resultado da conversa com os representantes do Executivo. O transporte dos índios a Brasília vai ser custeado pelo governo federal.

A ocupação iniciada na madrugada dessa segunda-feira (27/5) foi a segunda ação indígena que levou o CCBM a paralisar os trabalhos no Sítio Belo Monte este mês. Desde o início das obras de construção da usina, em junho de 2011, manifestações indígenas e trabalhistas já provocaram um total de 94 dias de serviços parados, de acordo com o consórcio.

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