postado em 04/06/2013 20:20
Seis mil policiais civis e militares fluminenses serão preparados para abordar o cidadão de acordo com o respeito à diversidade e aos direitos humanos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. Durante um ano e meio, a partir do próximo mês, eles receberão orientações em 40 encontros. A ideia é reunir, por dia, cerca de 200 policiais em sete regiões do estado.Os encontros fazem parte da Jornada Formativa de Segurança Pública e Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), lançada hoje (4), no auditório da Secretaria de Segurança Pública, no centro da cidade. ;A gente vai fazer a formação continuada em todo o estado. Não vai ficar focada na capital. Aqui, a segurança pública se divide em sete regiões integradas. Nós vamos fazer as formações nas sete;, disse Cláudio Nascimento, superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos e coordenador do Programa Rio sem Homofobia da Secretaria de Estado de Ação Social e Direitos Humanos (Seasdh)
O programa é organizado pela Seasdh, por meio do Programa Rio sem Homofobia, pela Subsecretaria de Educação, Valorização e Prevenção, da Secretaria de Estado de Segurança (Seseg) e pelas polícias Civil e Militar.
Segundo Cláudio Nascimento, quase 5 mil policiais passaram por um trabalho de formação nos últimos quatro anos. Desse total, cerca de mil policiais do 19; Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Copacabana, do 23; BPM, do Leblon, da 12; Delegacia de Polícia, de Copacabana, e da 13; Delegacia, de Ipanema, todos na zona sul, fizeram parte da experiência piloto para a Jornada Formativa.
Na avaliação do coordenador, a melhora no atendimento e na atuação policial já é uma realidade no Rio. Ele destacou que junto há a articulação de várias políticas que estão dando certo. ;O Rio de Janeiro é o primeiro estado do país que tem a homofobia no registro de ocorrência policial. Isso dá a dimensão dos crimes contra a população LGBT. A inclusão da disciplina de homofobia e cidadania LGBT na matriz curricular das duas policias do Rio também é importante para a formação dos profissionais. Além disso, o acompanhamento dos crimes e o nível de investigação geraram uma ambiência muito mais favorável;, explicou.
De acordo com Cláudio Nascimento, a Polícia Civil informou que 1.200 policiais que estão sendo contratados serão incluídos na formação para atendimento à população LGBT. ;No final, nós vamos atingir 7.200 policiais em 18 meses;, disse.
Durante o lançamento da Jornada Formativa de Segurança Pública e Cidadania LGBT foi feito um debate sobre os resultados e avanços no tratamento à população LGBT no Rio. ;Hoje todos os comandantes dos batalhões da Polícia Militar estavam aqui. Isso demonstra o efetivo compromisso com o programa de formação continuada;, ressaltou.