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Em greve, policiais civis fecham a Praça Sete e complicam o trânsito em BH

Os policiais fecham as avenidas Amazonas e Afonso Pena onde queimaram caixões e pneus

João Henrique do Vale/Estado de Minas, Cristiane Silva/Estado de Minas
postado em 10/06/2013 17:35
Os manifestantes queimaram caixões durante o protesto no Centro da capital

Policiais civis que decretaram greve nesta segunda-feira (10/6) fecharam os cruzamentos das avenidas Afonso Pena e Amazonas, na Praça Sete, em Belo Horizonte, durante manifestação que começou por volta das 16h. Várias vias do hipercentro da capital mineira ficaram congestionadas.

A categoria reivindica a revisão da Lei Orgânica da Polícia Civil, que define o plano de carreira da corporação, entregue à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para avaliação dos deputados. Os policiais se concentraram no pátio da ALMG, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte e seguiram depois para o Centro carregando faixas.



Os policiais fecham as avenidas Amazonas e Afonso Pena onde queimaram caixões e pneus. Segundo o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) aproximadamente 500 pessoas participam do protesto.

O Sindicato dos Servidores da Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindpol-MG) divulgou uma cartilha orientando os policiais sobre os procedimentos que devem ser adotados durante a greve. A escala mínima de atendimento - 30% das delegacias funcionando - será mantida, de acordo com a lei de greve. Somente serão formalizados os procedimentos de flagrante e Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs).

Ruas e avenidas no entorno da Praça Sete apresentaram trânsito lento

Também de acordo com a cartilha, durante a greve não serão instaurados inquéritos policiais por portaria, diligências preliminares, nem despachadas ocorrências policiais. Também não serão feitas oitivas, intimidações, acareações, reconhecimentos e nem investigações. As viaturas caracterizadas só serão usadas em casos de extrema necessidade. Não haverá operações para cumprimentos de mandados de prisão e busca e apreensão domiciliar, somente em casos inadiáveis ou que coloquem a vida de pessoas em risco. No Detran, serão feitos somente 30% de alguns serviços, entre eles, o emplacamento de veículos.

Segundo o sindicato, o governo do estado já sinalizou uma nova discussão para uma possível reformulação do texto da Lei Orgânica e propondo abertura de concurso público para o cargo de investigador. Na quinta-feira, dia 13, haverá uma reunião na ALMG para um ajuste do documento com o apoio das entidades de classe.

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