postado em 13/06/2013 11:50
Mais quatro pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) por suspeita de envolvimento no esquema de adulteração de leite, revelado na Operação Leite Compensado, deflagrada em maio.De acordo com o MPRS, três deles foram denunciados sete vezes pelo crime de adulteração ou falsificação de produto alimentício destinado a consumo, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo. A quarta pessoa foi denunciada por formação de quadrilha, crime pelo qual os quatro devem responder.
Segundo as investigações, o grupo integra o núcleo baseado no município de Rondinha, alvo da segunda etapa da operação. Na cidade, 11 laudos do Ministério da Agricultura, feitos entre fevereiro e maio, confirmaram a presença de formol no leite cru, somando um total de 113 mil litros impróprios para o consumo.
Em nota, o MP informou que, entre os denunciados, estão um sócio proprietário de empresa de transporte de leite de Rondinha, um motorista contratado por ele, um técnico e uma funcionária de uma cooperativa paranaense. As investigações indicam que os dois primeiros eram os responsáveis pelo esquema de adulteração do leite cru e que a funcionária da cooperativa dava suporte e apoio logístico ao esquema, inclusive alertando os motoristas dos caminhões sobre fiscalizações do Ministério da Agricultura.
Por ter colaborado com as investigações, entregando de forma espontânea as notas fiscais que comprovam as operações de venda do leite adulterado por ele, o proprietário da empresa de transporte deve receber o benefício da delação premiada, requerido pelo MPRS à Justiça. Além disso, o Ministério Público informou que o técnico, detido no presídio de Espumoso (RS), e a funcionária da cooperativa, já haviam sido denunciados pelos mesmos crimes na Comarca de Ibirubá, durante a primeira fase da Operação Leite Compensado.
O órgão estima que, entre 23 de janeiro e 30 de abril deste ano, aproximadamente 1 milhão e 549 mil litros do produto fraudado foram enviados à cooperativa, com sede em Pato Branco, no Paraná. Até agora, 20 pessoas foram denunciadas por suspeita de envolvimento no esquema.