Brasil

Entre os manifestantes, pequenos grupos partem para barbárie

A cena de milhares de pessoas - a maioria delas jovens estudantes - nas ruas das grandes cidades contrasta com as imagens de saques, depredação e violência de grupos mascarados. Em xeque, as autoridades não conseguem separar o joio

postado em 20/06/2013 07:58
Milhares de pessoas nas ruas. De um lado, coros de protesto, cartazes com palavras de indignação, críticas à situação política e econômica do país, e reivindicação de melhoria dos serviços básicos. Do outro, confrontos, pichações em ônibus e prédios públicos, depredações de monumentos e saques a lojas e escritórios. A descrição cabe à maioria dos protestos que tomaram conta das ruas das principais cidades brasileiras nos últimos dias. Na madrugada de quarta-feira (19/6), após a dispersão de grande parte dos manifestantes, as ruas do centro de São Paulo e de Belo Horizonte foram tomadas por pequenos grupos, formados por pessoas com rostos cobertos, que partiram para a barbárie. Atos que desafiam a polícia e quem tenta explicar os acontecimentos.

Após participar do saque a uma loja do Centro de São Paulo, homem carrega pelas ruas a sua parte no butim

[SAIBAMAIS]Combinadas por meio de redes sociais, as recentes manifestações têm novo formato e dificultam o planejamento e a ação das áreas de segurança pública justamente porque não são hierarquicamente organizadas. ;(O movimento) é livre, não é cooptado. As lideranças são difusas;, avalia o sociólogo e especialista em segurança pública Arthur Trindade, da Universidade da Brasília (UnB). Os entraves para conter os atos de vandalismo e os saques são grandes, simplesmente porque é preciso lidar com movimentos sociais, que não devem ser criminalizados.

A cena de milhares de pessoas - a maioria delas jovens estudantes - nas ruas das grandes cidades contrasta com as imagens de saques, depredação e violência de grupos mascarados. Em xeque, as autoridades não conseguem separar o joio

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