A polícia de Salvador reprime manifestação, na noite desta quinta-feira (20), com bombas de efeito moral e balas de borracha, em pontos do entorno da Arena Fonte Nova, onde Nigéria e Uruguai se enfrentaram pela Copa das Confederações. O protesto começou pacífico, mas registra atos de vandalismo e violência, como depredação de ônibus.
Dois ônibus da Fifa foram apedrejados por manifestantes, no Bairro do Campo Grande, em Salvador, em frente ao Hotel da Bahia, onde membros da entidade máxima do futebol estão hospedados.
A confusão começou por volta das 17h, quando dois manifestantes se aproximaram do perímetro formado pelo batalhão de choque e a polícia reagiu com bombas de gás e spray de pimenta. Parte dos manifestantes começou, então, a jogar pedras nos agentes. A polícia reagiu novamente, mas com balas de borracha. Ainda não há informações sobre o número de feridos.
Na altura do Colégio Central, um grupo que tentou invadir uma barreira feita por PMs foi atingido por gás lacrimogêneo. Também houve confusão em frente ao Transalvador, onde manifestantes tentaram queimar uma bandeira.
Houve relato de confrontos na Avenida Joana Angélica, na região do Dique do Tororó e na Avenida Centenário. Policiais fazem bloqueios para evitar que protesto chegue até a Arena. Foram registrados ônibus queimados, lojas depredadas e paredes de rua pichadas.
No fim da tarde desta quinta (20), a PM divulgou uma nota de repúdio aos atos de vandalismo."A Polícia Militar da Bahia repudia os atos de vandalismo de um grupo de manifestantes contra prédios e veículos públicos. No final da tarde desta quinta-feira (20), um grupo de pessoas, após atear fogo num ônibus, dificultou o trabalho do Corpo de Bombeiros, apedrejando os bombeiros e seus veículos", registra.
[SAIBAMAIS]O ponto de concentração do grupo foi na Praça do Campo Grande, e os jovens queriam seguir até a Arena Fonte Nova pelas principais ruas do centro da cidade. Eles seguiram pela Avenida Sete de Setembro e a Piedade para chegar ao local, o trânsito foi bloqueado por essas vias. No início, a manifestação foi pacífica.
Ao total, a polícia estima que 20 mil manifestantes participam da movimentação de hoje. Não há informações do número de presos nem de feridos.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, convocou uma coletiva de imprensa, nessa sexta-feira (21), para falar sobre o protesto Passe Livre de Salvador.