Brasil

Novo formato de protesto dificulta o planejamento da segurança pública

"As lideranças são difusas", avalia o sociólogo e especialista em segurança pública Arthur Trindade, da Universidade da Brasília (UnB)

postado em 21/06/2013 08:28
Após participar do saque a uma loja do Centro de São Paulo, homem carrega pelas ruas a sua parte no butim
Milhares de pessoas nas ruas. De um lado, coros de protesto, cartazes com palavras de indignação, críticas à situação política e econômica do país, e reivindicação de melhoria dos serviços básicos. Do outro, confrontos, pichações em ônibus e prédios públicos, depredações de monumentos e saques a lojas e escritórios. A descrição cabe à maioria dos protestos que tomaram conta das ruas das principais cidades brasileiras nos últimos dias. Na madrugada de quarta-feira (19/6), após a dispersão de grande parte dos manifestantes, as ruas do centro de São Paulo e de Belo Horizonte foram tomadas por pequenos grupos, formados por pessoas com rostos cobertos, que partiram para a barbárie. Atos que desafiam a polícia e quem tenta explicar os acontecimentos.



Combinadas por meio de redes sociais, as recentes manifestações têm novo formato e dificultam o planejamento e a ação das áreas de segurança pública justamente porque não são hierarquicamente organizadas. ;(O movimento) é livre, não é cooptado. As lideranças são difusas;, avalia o sociólogo e especialista em segurança pública Arthur Trindade, da Universidade da Brasília (UnB). Os entraves para conter os atos de vandalismo e os saques são grandes, simplesmente porque é preciso lidar com movimentos sociais, que não devem ser criminalizados.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação