Brasil

CNBB presta solidariedade a manifestantes, mas critica vandalismo

O presidente da entidade, cardeal Raymundo Damasceno Assis, que se reúne com a presidenta Dilma Rousseff na tarde de hoje, foi questionado por jornalistas se considera importante que a dirigente faça um pronunciamento oficial sobre a onda de manifestações

postado em 21/06/2013 16:13
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta sexta-feira (21/6) nota em que declara "solidariedade e apoio" às manifestações no país, desde que ocorram de forma pacífica. Na avaliação da CNBB, a movimentação ;desperta para uma nova consciência; e atesta que ;não é possível mais viver num país com tanta desigualdade;. A nota destaca também a demonstração de intolerância com a corrupção.

;As mobilizações questionam a todos nós e atestam que não é possível mais viver num país com tanta desigualdade. Sustentam-se na justa e necessária reivindicação de políticas públicas para todos. Gritam contra a corrupção, a impunidade e a falta de transparência na gestão pública;, diz o texto. A nota registra ainda que as manifestações recentes mostram que os brasileiros não estão dormindo em ;berço esplêndido;.



A CNBB critica a violência registrada nas manifestações e alerta que esse comportamento leva ao descrédito. ;Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência;, registra.

A nota foi divulgada em entrevista coletiva na sede da CNBB. O presidente da entidade, cardeal Raymundo Damasceno Assis, que se reúne com a presidenta Dilma Rousseff na tarde de hoje, foi questionado por jornalistas se considera importante que a dirigente faça um pronunciamento oficial sobre a onda de manifestações. O cardeal respondeu que essa seria uma iniciativa positiva:"Imagino que ela deva dizer uma palavra ao país", disse.

Na manhã desta sexta, a presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tiveram uma reunião em que avaliaram as manifestações. A onda de protestos no país fez a presidenta cancelar viagens ao Japão e a Salvador.

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