As ruas servirão, nesta quarta-feira (26/6), de termômetro para medir o impacto do discurso da presidente Dilma Rousseff ; que, na segunda-feira, propôs cinco pactos nacionais e um ;processo constituinte específico; para a reforma política ; e o comportamento do Poder Legislativo após 20 dias de protestos ininterruptos pelo país. Haverá manifestações em, pelo menos, 13 grandes cidades, incluindo Brasília, Belo Horizonte (onde a Seleção Brasileira joga contra o Uruguai pela semifinal da Copa das Confederações) e Recife. Na capital federal, a polícia estima a presença de 40 a 50 mil pessoas. Pelo menos 300 policiais, de um total de 4 mil, vão revistar os ativistas que chegarem à Esplanada. O objetivo é evitar o que aconteceu na semana passada, quando manifestantes jogaram bombas e coquetéis molotov em policiais e depredaram o Palácio Itamaraty.
Também houve protestos ontem. Em Florianópolis, estudantes foram para a frente da prefeitura reivindicar tarifa zero no transporte público para estudantes e desconto de R$ 0,20 para os demais usuários. Em Aracaju, escolas e estabelecimentos comerciais fecharam as portas mais cedo por causa da passeata. Em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, os manifestantes fizeram um cordão humano. Em vários pontos do país, como em Montes Claros (MG), rodovias estão sendo escolhidas como alvo preferencial das mobilizações.