Brasil

Após tiroteio, clima no Complexo da Maré ainda é tenso entre os moradores

O tiroteio entre policiais do Bope e traficantes da comunidade deixou nove mortos e seis feridos na segunda-feira (24/6)

postado em 26/06/2013 15:41
Rio de Janeiro ; O clima desta quarta-feira (26/6) na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, zona norte do Rio, ainda era de tensão entre os moradores após o tiroteio entre policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e traficantes da comunidade, que aconteceu na noite de segunda-feira (24/6) e que deixou nove mortos e seis feridos.

Pela manhã, o comércio, as escolas e as unidades de saúde funcionavam normalmente, mas com baixa frequência. A concessionária de energia elétrica Ligth informou que duas equipes trabalham na região para restabelecer o serviço que foi interrompido por danos causados durante a troca de tiros. Vários pontos da favela continuam sem luz.

Também houve tiroteio na manhã de terça-feira (25/6). Três pessoas seguem internadas no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB). Segundo a assessoria do HFB, o estado delas não é grave, mas ainda inspira cuidados. O hospital pediu que voluntários doem sangue, já que o estoque ficou reduzido, devido ao número de feridos no confronto.



A polícia continua com um veículo blindado dentro da comunidade. Homens da Polícia Militar (PM) e da Força Nacional de Segurança cercam os acessos ao Complexo da Maré. Cerca de 100 PMs passaram a madrugada na entrada da comunidade, na Avenida Brasil, para evitar protestos, fechamento da via e possíveis saques a motoristas.

Em fevereiro, após a ocupação das favelas de Manguinhos e Jacarezinho, a Secretaria de Segurança Pública do Rio chegou a anunciar que a próxima comunidade a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora seria a da Maré. No entanto, Cerro-Corá, no Cosme Velho, zona sul, recebeu primeiro as forças de segurança pública.

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