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Protesto na Avenida Paulista pede saída de Feliciano da CDH

%u201CEu amo homem, amo mulher, tenho direito de amar quem eu quiser%u201D, era um dos coros entoados enquanto o grupo seguia em passeata

postado em 26/06/2013 22:24
São Paulo ; Carregando faixas e cartazes, manifestantes cruzaram a Avenida Paulista, região central da cidade, e foram até a sede do PSC, no final da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, para pedir a saída do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. O protesto, que reuniu cerca de 200 pessoas, segundo a Polícia Militar, teve uma banda de percussão para dar ritmo aos gritos de guerra. ;Eu amo homem, amo mulher, tenho direito de amar quem eu quiser;, era um dos coros entoados enquanto o grupo seguia em passeata.

Os manifestantes criticam as declarações e posicionamentos de Feliciano contra os direitos dos homossexuais e favoráveis a projetos como a ;cura gay;. O projeto, aprovado em votação simbólica pela comissão presidida por Feliciano, suprime trechos de resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que proíbe os profissionais da área de tratar a homossexualidade como doença. A proposta ainda precisa ser votada pelas comissões de Seguridade Social e de Constituição e Justiça.



Segundo o membro do Movimento Juntos, um dos articuladores do ato, Thiago Aguiar, o pastor tem conduzido os trabalhos da comissão em sentido contrário às discussões sobre direitos humanos no país. ;O Feliciano tomar o comando da Comissão de Direitos Humanos foi uma manobra orquestrada por um setor conservador para aprovar uma agenda que não é dos movimentos sociais ou do debate sobre direitos humanos;, disse.

Para Thiago, o deputado é um símbolo dos problemas que vem sendo criticados pela sociedade na série de manifestações das últimas semanas. ;Essas últimas semanas mostraram que há uma indignação da população com uma série de questões, mas em particular com a falta de transparência do Parlamento, dos partidos, da velha forma de fazer política, que a gente acha que está cristalizado no que é o Marco Feliciano;.

Ao lado do filho João, de 4 anos, a estudante de ciências sociais Letícia Pinho também acredita que o momento é propício para se obter uma vitória contra o pastor. ;A gente acha que essa onda de mobilizações no Brasil da ânimo e força para que a gente derrube o Feliciano;, disse sobre o deputado que classificou como ;racista, machista e homofóbico;. ;Quanto mais pessoas estiverem nas ruas, com seus pais, seus filhos, seus avós, vizinhos e amigos, melhor;, acrescentou a estudante, que faz parte do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de São Paulo (DCE-USP).

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