Os principais destinos de quem sai da sua cidade em busca de melhores oportunidades de trabalho e de estudo não são mais os mesmos de antigamente. São Paulo e Rio de Janeiro deixaram de ser os polos de atração mais relevantes. Hoje, as duas maiores regiões metropolitanas do país perdem mais moradores do que recebem. O eixo desse fluxo migratório está se deslocando para grandes cidades emergentes, como Brasília e Goiânia. De acordo com o Atlas do Censo Demográfico 2010, divulgado, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além desse novo eixo, outros centros regionais, como Campinas e Sorocaba ; que se destacam pela produção industrial ; fazem parte dessa lista, assim como Vitória, Porto Velho e Palmas ; polos político-administrativos com investimentos em curso na área de infraestrutura, como portos e hidrelétricas.
Os números, segundo o professor de administração pública da Universidade de Brasília (UnB) José Matias-Pereira, confirmam uma tendência que tem se evidenciado nos últimos anos. ;A concentração econômica tem um limite. Chega um momento em que ela começa a gerar a chamada deseconomia. O que ocorre é um fenômeno em que se buscam novas alternativas de espaço para atuar. Esses espaços existem, são essas novas fronteiras que concentram nichos de desenvolvimento;, destaca.