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Em Belo Horizonte, manifestantes exigem presença de prefeito

Os manifestantes disseram que a ocupação na Câmara Municipal de Belo Horizonte é pela 'intransigência' de Lacerda em não recebê-los. A prefeitura decidiu enviar o assessor, Régis Souto, para negociar

Os manifestantes que ocupam a Câmara Municipal de Belo Horizonte neste sábado exigem a presença do prefeito Marcio Lacerda (PSB) para uma reunião, no entanto a prefeitura decidiu enviar o assessor-chefe da comunicação social, Régis Souto, para negociar. Os manifestantes disseram que a ocupação é pela ;intransigência; de Lacerda, que segundo eles, é o único prefeito das grandes capitais brasileiras que não recebeu os manifestantes durante a onda de protestos pelo país. Desde 16h30, o assessor tenta negociar com o grupo.

A mobilização continua na Câmara há quase cinco horas. As pessoas montaram barracas no hall da Casa e estão acampados. O grupo é organizado e se dividiu em comissões de segurança, comunicação e negociação. Eles levaram comida e material para dormir na Câmara, mas vão decidir, em assembleia às 17h, se continuam o protesto. A votação ocorrerá depois da conversa com o secretário. Os líderes do movimento disseram que Souto será apenas o ;garoto de recados do prefeito; e só aceitam falar com Lacerda.

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Os manifestantes são contra o Projeto de Lei 417/83, apresentado pela prefeitura e votado em segundo turno pelos vereadores. A proposta concede a isenção do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) para as atividades de transporte coletivo.

Além da redução de R$ 0,05 conforme projeto aprovado, a prefeitura incorporou um desconto de mais R$ 0,05 pela isenção do Custo de Gerenciamento Operacional (CGO), uma taxa paga à BHTrans pelas empresas particulares que têm a concessão de explorar o de transporte público na capital. Com isso, as passagens em BH devem ser reduzidas em R$ 0,10. No entanto, os manifestantes exigem a revogação do aumento de R$ 0,15 nas tarifas que começou a vale no início do ano.

Mais cedo, o clima esquentou na Câmara, quando o grupo tentou entrar no plenário durante a votação do projeto e acabou impedido pelos guardas municipais que montaram um bloqueio. Nesta tarde, a manifestação é pacífica.