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Caminhoneiros bloqueiam rodovias de Minas para pedir melhoria nas estradas

Há manifestações na BR-381 e Rodovia Fernão Dias. O movimento é pacífico e visa cobrar do governo soluções de problemas e melhorias para o setor

Fernanda Borges/Estado de Minas, Luiz Ribeiro/Estado de Minas - Enviado especial
postado em 01/07/2013 07:33
Caminhoneiros fecham rodovias de Minas Gerais nesta segunda-feira (1;/7), em protestos. Desde 3h, os trabalhadores aderiram à paralisação marcada para acontecer em todo o país de hoje até quinta-feira (4/7). Na BR-381, em João Monlevade, Região Central do estado, os motoristas estacionaram veículos na estrada perto de um posto de combustíveis no km 359. Também no km 365, em São Gonçalo do Rio Abaixo, há manifestação de caminhoneiros. Tráfego retido também nos dois sentidos da BR-381, em Jaguaraçu, no Vale do Aço, altura do km 295.

Na BR-381 (Fernão Dias), em Igarapé, na Grande BH, os veículos de carga estão parados no km 512 nos dois sentidos causando uma retenção de mais de cinco quilômetros. As manifestações restringem o tráfego na faixa 2 da rodovia e os veículos seguem pela faixa 1. Em alguns momentos os manifestantes permitem que os carros passem nas rodovias, mas caminhões e carretas ficam paradas. Na pista Sul (sentido São Paulo) há retenção do km 509,5 ao km 512, entre as regiões de São Joaquim de Bicas e Igarapé. Já no sentido Norte (Belo Horizonte), há lentidão do km 520 ao km 512, na região de Igarapé. Ainda neste sentido, há retenção do km 590 ao km 589, na região de Carmópolis de Minas, também devido a manifestações.

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De acordo com os organizadores, o movimento é pacífico e visa cobrar do governo soluções de problemas e melhorias para o setor, entre elas a aprovação imediata de projeto de lei que aprimora a Lei 12.619/12 (Lei do Motorista), em discussão no Congresso, a redução de tributos no óleo diesel e do valor do pedágio para os veículos de carga.

A paralisação é liderada pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), que usou a internet para mobilizar a categoria. A intenção, segundo a entidade, é que os caminhoneiros parem de rodar e fiquem em casa nesses três dias, evitando piquetes e bloqueio de estradas, como ocorreu em outras manifestações.

O protesto não tem o aval de todas as entidades que representam a categoria. Em nota, o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José Araújo ;China; da Silva, informa que não apoia o movimento. ;A chamada paralisação geral dos transportadores de cargas poderá prejudicar o trabalho que vem sendo realizado por aqueles que desejam realmente melhores condições e dignidade em sua atividade;, diz o texto. Um dos organizadores da paralisação, o presidente do MUBC do Paraná, Neori Tigrão Teobet, afirmou, no entanto, que mensagens vindas de várias regiões mostram uma adesão de 50% a 70% dos cerca de 2 milhões de caminhoneiros autônomos em atividade no país.

A Lei 12.619/12, promulgada em abril de 2012, estabelece uma série de regras para os motoristas profissionais de carga e passageiros, como limite de oito horas de jornada, descanso entre jornadas de 11 horas e intervalo na direção de meia hora a cada quatro horas de direção seguidas, além do controle obrigatório de jornada. A proposta de aprimoramento que está sendo discutida no Congresso pela Comissão Especial Parlamentar do Motorista mantém o limite da jornada de oito horas, mas prevê o descanso de meia hora para cada cinco horas e meia rodadas. A proposta será votada na comissão especial amanhã.

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