postado em 06/07/2013 18:00
Pela manhã deste sábado (6/7), cerca de 100 barqueiros ocuparam o principal porto da cidade de Paraty e impediram o tráfego de embarcações. A principal reclamação era em relação ao turismo desenfreado que assola o município desde a chegada da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), uma década atrás. Segundo os barqueiros, vários deles perderam o emprego. ;Meu marido foi guia aqui por mais de cinco anos. As empresas disseram que ele não serve para o trabalho porque não fala inglês. Está desempregado há seis meses;, lamentou a dona de casa Edneide Cunha, que carregava o filho no colo e foi até o cais dar apoio ao marido, que protestava.
O turismo de exploração causou danos à Baía de Paraty, além de degradar toda a orla marítima que envolve a cidade. São as conclusões de vários levantamentos e relatórios apresentados por ONGs e associações que foram ao protesto, em solidariedade aos barqueiros.
O turismo de exploração causou danos à Baía de Paraty, além de degradar toda a orla marítima que envolve a cidade. São as conclusões de vários levantamentos e relatórios apresentados por ONGs e associações que foram ao protesto, em solidariedade aos barqueiros.
Pela tarde
No período vespertino, uma nova manifestação fez barulho pelas ruas do Centro Histórico. Depois de cruzarem a praça principal, 250 pessoas seguiram para a prefeitura para pedir melhores serviços públicos para a pacata cidade fluminense. No caminho, cruzaram com a principal tenda da Flip. ;Queria ver os intelectuais discutirem conosco, na rua. Lá dentro é muito fácil analisar o que está acontecendo;, ironizou Júlia Ribeiro, de 17 anos.
No período vespertino, uma nova manifestação fez barulho pelas ruas do Centro Histórico. Depois de cruzarem a praça principal, 250 pessoas seguiram para a prefeitura para pedir melhores serviços públicos para a pacata cidade fluminense. No caminho, cruzaram com a principal tenda da Flip. ;Queria ver os intelectuais discutirem conosco, na rua. Lá dentro é muito fácil analisar o que está acontecendo;, ironizou Júlia Ribeiro, de 17 anos.
À noite, duas mesas discutem as reivindicações. Uma tentativa da Flip de não se omitir quanto ao momento atual do país. O debate na tenda pode não chegar às manifestações nas ruas, mas deve ajudar a compreendê-las.