[SAIBAMAIS]O vendedor autônomo Carlos Heitor de Godoy, de 32 anos, morador da comunidade, buscava informações sobre quando teria acesso à ajuda de bolsa aluguel, mas foi aconselhado a fazer a sua ficha e aguardar orientações. Ele contou que tinha saído com a esposa e a filha de dois anos e quando retornou viu o fogo destruindo tudo a sua volta.
;É muito doloroso;, lamentou Godoy. Outra vítima do incêndio, Rosemar Dias de Souza, de 38 anos, que trabalha em um supermercado popular, na região, disse que estava dormindo e acordou com os gritos de vizinhos dando o alerta de ;fogo na favela;. Ela e a filha de 14 anos levantaram da cama às pressas. ;Só deu tempo de pegar os documentos e correr;, relatou.
No incêndio, que começou pouco antes da 1h da madrugada em um núcleo de dois mil metros, três pessoas morreram carbonizadas e outras quatro foram socorridas no Hospital Heliópolis. Entre os feridos estão dois jovens com idades de 22 e 23 anos e três das vítimas sofreram graves queimaduras. Pelo menos 40 moradias foram destruídas e outras dez tiveram de ser interditadas.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o que ocorreu. As causas do incêndio serão esclarecidas por peritos do Instituto de Criminalística. De acordo com o boletim de ocorrências, a área afetada tinha em torno de 100 barracos.