postado em 10/07/2013 14:12
Rio de Janeiro - Uma testemunha do Ministério Público e as primeiras quatro de defesa foram ouvidas nesta quarta-feira (10/7) em audiência da 19; Vara Criminal do Rio sobre a explosão do restaurante Filé Carioca, que deixou quatro mortos e 17 feridos em 13 de outubro de 2011.
A testemunha de acusação, Renato Costa, até então auxiliar de serviços gerais do restaurante até três meses antes do incidente, disse que funcionários já haviam reclamado do cheiro de gás no subsolo. De acordo com ele, também havia um odor de mofo que foi percebido por clientes e outras testemunhas. Após reclamações de funcionários, segundo Renato, os donos do restaurante instalaram um exaustor, que era ligado quando os empregados pediam. Aromatizadores também eram usados para combater o mau cheiro na área onde os funcionários trocavam de roupa, no subsolo, ao lado da central de gás.
O jornalista Flávio Sabbagh, que mantém um blog sobre restaurantes contou em depoimento que também sentiu o cheiro de mofo ao avaliar o Filé Carioca, problema que ele conta não ter mais constatado em uma segunda visita.
Outra testemunha ouvida foi o gerente de segurança e meio ambiente da SHV Gás Brasil, César Ourique, que participou de uma comissão interna para analisar a explosão, já que a SHV fornecia os cilindros de gás ao restaurante. César afirmou que as instalações da central de gás eram inadequadas, mas disse ter concluído que a explosão ocorreu no primeiro andar do restaurante, onde ficava a cozinha, e não no subsolo.
Segundo a testemunha, a integridade dos seis cilindros após a explosão e a posição em que as ferragens ficaram distorcidas corroboram essa tese. César afirmou também que a SHV não foi responsável pelas instalações de gás e que mantinha um contrato apenas de fornecimento. Ele chamou a atenção também para imagens divulgadas pela imprensa em que aparecem mangueiras inadequadas para o tamanho dos cilindros usados, uma delas com remendo de fita isolante. A comissão da SHV não teve acesso ao local, e se baseou em informações e imagens noticiadas.
Outro ex-funcionário do Filé Carioca Wagner Oliveira, que era garçom, disse nunca ter sentido o cheiro de gás no restaurante. Já Rosemery da Silva, gerente de outro restaurante do dono do Filé Carioca, conta que já sabia por colegas do cheiro de mofo.
Dez pessoas foram denunciadas no processo: o dono do restaurante, Carlos Rogério Amaral, seu irmão e caixa, Jorge Henrique do Amaral, o representante da SHV Gás Brasil, Mauro Roberto Lessa Azevedo, um vendedor da empresa, o síndico do prédio onde funcionava o restaurante e cinco fiscais da prefeitura.
Ao todo, 20 pessoas foram chamadas para depor, oito compareceram e três foram dispensadas. Mais 20 testemunhas foram chamadas para a próxima segunda-feira (15/7) ; todas de defesa. As de acusação foram ouvidas em três audiências anteriores.
A testemunha de acusação, Renato Costa, até então auxiliar de serviços gerais do restaurante até três meses antes do incidente, disse que funcionários já haviam reclamado do cheiro de gás no subsolo. De acordo com ele, também havia um odor de mofo que foi percebido por clientes e outras testemunhas. Após reclamações de funcionários, segundo Renato, os donos do restaurante instalaram um exaustor, que era ligado quando os empregados pediam. Aromatizadores também eram usados para combater o mau cheiro na área onde os funcionários trocavam de roupa, no subsolo, ao lado da central de gás.
O jornalista Flávio Sabbagh, que mantém um blog sobre restaurantes contou em depoimento que também sentiu o cheiro de mofo ao avaliar o Filé Carioca, problema que ele conta não ter mais constatado em uma segunda visita.
Outra testemunha ouvida foi o gerente de segurança e meio ambiente da SHV Gás Brasil, César Ourique, que participou de uma comissão interna para analisar a explosão, já que a SHV fornecia os cilindros de gás ao restaurante. César afirmou que as instalações da central de gás eram inadequadas, mas disse ter concluído que a explosão ocorreu no primeiro andar do restaurante, onde ficava a cozinha, e não no subsolo.
Segundo a testemunha, a integridade dos seis cilindros após a explosão e a posição em que as ferragens ficaram distorcidas corroboram essa tese. César afirmou também que a SHV não foi responsável pelas instalações de gás e que mantinha um contrato apenas de fornecimento. Ele chamou a atenção também para imagens divulgadas pela imprensa em que aparecem mangueiras inadequadas para o tamanho dos cilindros usados, uma delas com remendo de fita isolante. A comissão da SHV não teve acesso ao local, e se baseou em informações e imagens noticiadas.
Outro ex-funcionário do Filé Carioca Wagner Oliveira, que era garçom, disse nunca ter sentido o cheiro de gás no restaurante. Já Rosemery da Silva, gerente de outro restaurante do dono do Filé Carioca, conta que já sabia por colegas do cheiro de mofo.
Dez pessoas foram denunciadas no processo: o dono do restaurante, Carlos Rogério Amaral, seu irmão e caixa, Jorge Henrique do Amaral, o representante da SHV Gás Brasil, Mauro Roberto Lessa Azevedo, um vendedor da empresa, o síndico do prédio onde funcionava o restaurante e cinco fiscais da prefeitura.
Ao todo, 20 pessoas foram chamadas para depor, oito compareceram e três foram dispensadas. Mais 20 testemunhas foram chamadas para a próxima segunda-feira (15/7) ; todas de defesa. As de acusação foram ouvidas em três audiências anteriores.