Brasil

Secretário da presidência diz que segurança do papa será feita pelo povo

O serviço de inteligência brasileiro considerou nesta terça-feira que as manifestações espontâneas são a maior ameaça durante a visita do pontífice.

Agência France-Presse
postado em 17/07/2013 21:57
O Secretário Geral da presidência do Brasil, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quarta-feira que quem garantirá a segurança do papa Francisco, que chega na próxima segunda-feira ao Brasil, será o povo, e negou estar preocupado com eventuais manifestações "A grande segurança do papa será feita pelo povo brasileiro, pela juventude do mundo inteiro", disse Carvalho a jornalistas.

O serviço de inteligência brasileiro considerou nesta terça-feira que as manifestações espontâneas - que, em junho, tomaram as ruas do país - são a maior ameaça durante a visita do pontífice.

"Nós estamos tomando todo o cuidado do ponto de vista de logística e da segurança, mas, com muita tranquilidade, tanto no aspecto de segurança como com as manifestações", acrescentou o ministro.

"O papa é uma pessoa democrática, acostumada a viver na periferia de Buenos Aires, entenderá", considerou Carvalho, se referindo a eventuais manifestações durante a visita do pontífice e pouco antes de inaugurar uma plataforma na internet com a qual o governo pretende convidar os jovens brasileiros a debater as políticas do país.



O papa chegará ao Rio de Janeiro na segunda-feira para presidir a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), de 23 a 28 de julho. Alguns grupos já convocaram protestos, por exemplo, contra os gastos públicos da visita, estimados em 53 milhões de dólares, entre outras reivindicações.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, descartou mudanças na apertada agenda do pontífice, mas informou, depois de uma reunião com outras autoridades, que o plano de segurança seria ajustado.

"Tudo o que se refere ao papa foi discutido e obviamente estamos fazendo alterações, ouvindo sugestões do Vaticano e as nossas para que possamos ter um plano de segurança exemplar. As reuniões continuarão", informou o responsável.

Em junho, um milhão de brasileiros saíram às ruas para reivindicar melhores serviços de saúde, transporte e educação, para denunciar os milionários gastos públicos nos estádios do Mundial de futebol de 2014 e para condenar a corrupção e as práticas ruins da política.

O Vaticano afirmou nesta quarta-feira que o papa Francisco não teme que os protestos perturbem sua visita ao Rio. O papa também pediu para desfilar em um papamóvel aberto, sem blindagem.

"Vamos ao Brasil muito tranquilos, seguros de que as autoridades têm a capacidade de administrar a situação. Sabemos que as manifestações não são dirigidas contra o papa e a Igreja", afirmou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.

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