Brasil

Fenam entra com ação contra o Mais Médicos; classe faz protestos pelo país

O atendimento a casos de urgência e emergência estão mantidos, segundo informaram sindicatos da categoria

postado em 23/07/2013 16:18

A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) entrará com uma ação civil pública contra o programa ainda hoje. Na última sexta-feira, o Conselho Federal de Medicina (CFM) entrou com o mesmo processo na Justiça Federal para pedir a suspensão do Mais Médicos.
Médicos de mais de 10 estados paralisaram nesta terça-feira (23/7) o atendimento em hospitais da rede pública em manifestação. Os profissionais mobilizam-se contra as medidas anunciadas pelo governo e pedem também a derrubada dos vetos ao projeto conhecido como ato médico. O atendimento a casos de urgência e emergência estão mantidos, segundo informaram sindicatos da categoria. Em alguns estados, os profissionais participaram de atos públicos.

Um dos objetivos do Programa Mais Médicos é contratar profissionais estrangeiros para trabalhar no interior do país e nas periferias das grandes cidades.

Em Mato Grosso do Sul, cerca de 350 médicos se reuniram em uma passeata pela principal avenida da capital, Campo Grande, de acordo com o sindicato dos profissionais do estado. O presidente do sindicato, Marco Antônio Leite, disse que houve boa adesão à paralisação e criticou o Mais Médicos. ;Entendemos que não há falta de médicos no Brasil, há descentralização nas regiões. Acreditamos que a maneira eficaz para resolver isso é criação de uma carreira de Estado para médicos se fixarem nas regiões mais afastadas dos centros urbanos;, disse.



Em Belo Horizonte, os médicos se reuniram em frente à uma faculdade de medicina para um ato público. De acordo com o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, também houve adesão de profissionais da rede privada à paralisação. Em Goiás, o balanço do sindicato é que mais de 50% dos médicos do estado paralisaram as atividades. Os que estão trabalhando atendem os casos de urgência e emergência.

Em Recife, os médicos que paralisaram as atividades estiveram em ato público pela manhã em frente ao Hospital da Restauração, o maior da rede pública de Pernambuco. Na Bahia, foram suspensos os atendimentos da rede pública e privada, incluindo aos planos de saúde, exceto as urgências e emergências. Na capital, Salvador, durante a tarde, os profissionais fazem uma feira da saúde com aferição da pressão e de glicose e expõem à população os motivos da paralisação.

No Distrito Federal, os médicos optaram por não parar as atividades e fazem uma operação padrão, em que reduziram o ritmo do atendimento. As paralisações estão marcadas para os dias 30 e 31, quando os profissionais do Distrito Federal vão suspender o atendimento a consultas e cirurgias eletivas (agendadas).

Há paralisação também no Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Acre e Paraná. A atividade segue o calendário estabelecido pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam) em conjunto com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB). Estão agendadas paralisações para os próximos dias 30 e 31 deste mês.

O Ministério da Saúde, por meio da assessoria de imprensa, informou que lamenta a paralisação dos médicos por afetar serviços prestados à população. Diz ainda que permanece aberto ao diálogo, tal como ocorre desde o início dos debates sobre o Programa Mais Médicos.

Com informações da Agência Brasil

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