Jornal Correio Braziliense

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Manifestantes que ocupam Câmara Municipal aguardam resposta de vereadores

Cerca de 30 pessoas ocupam a Câmara Municipal de São Luís. O protesto é organizado por líderes estudantis, comunitários e representantes de quilombos

Quase 30 pessoas que ocupam, há três dias, o plenário da Câmara Municipal de São Luís aguardam a resposta dos vereadores sobre uma sessão extraordinária para tratar da pauta de reivindicações apresentadas por estudantes, quilombolas e repesentantes de comunidades carentes da capital maranhense. O protesto é organizado por líderes estudantis, comunitários e representantes de quilombos, que pedem melhorias em vários setores.

Segundo André Oliveira, integrante do movimento São Luís Acordou, a questão fundiária e a mobilidade urbana são os principais itens da pauta. "Esses são os problemas que mais atingem toda a comunidade de São Luís", disse Oliveira. Segundo ele, o movimento é pacífico e existem comissões para garantir a limpeza do local. Ele garantiu que nada será depredado.



Como os vereadores estão em recesso, o presidente da Câmara Municipal, Antonio Isaias Pereirinha, não está na cidade. Os manifestantes foram recebidos hoje (26) pelo vice-presidente da Casa, Astro de Ogum, e mais seis vereadores que prometeram analisar, até o fim da tarde, o pedido para realização de uma sessão extraordinária na próxima segunda-feira (29) para tratar das demandas. A dúvida é se seria possível reunir o quórum mínimo de 17 em pleno recesso.

De acordo com os manifestantes, a ocupação, que começou com 50 pessoas, está, hoje, com 30 manifestantes. A expectativa, segundo André Oliveira, é que o grupo reuna mais pessoas no fim de semana.

A Polícia Militar não tem estimativas sobre o número de manifestantes. Como o protesto ocorre na parte interna da prefeitura, os policiais não foram acionados. Segundo o Comando do Policiamento Metropolitano, a manifestação é pacífica e, até o início da tarde, não houve registro de incidentes. Os policiais não souberam informar quantas pessoas estão na Câmara, nem como estão as negociações entre vereadores e manifestantes.