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Manoel Dias afirma que criação de cotas é tentativa de combater egoísmo

Na avaliação do ministro, é fundamental que haja mudanças como a que foi estimulada pelo papa Francisco, durante a sua recente visita ao país, ao exaltar a necessidade de maior humildade e solidariedade entre os brasileiros

postado em 30/07/2013 16:35

Com base em dados do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS), a Fiesp informou ter ocorrido um gradativo aumento de vagas aos portadores com deficiência no estado de São Paulo, onde se concentram um terço das ofertas registradas no país

São Paulo ; O ministro do Trabalho, Manoel Dias, defendeu nesta terça-feira (30/7) que o conservadorismo e o comportamento egoísta são obstáculos à igualdade de classes no país. ;Nós somos um país que durante muito tempo foi egoísta, uma elite que só pensou em si e que esqueceu que somos todos iguais. Para recuperar o tempo, temos que criar cotas;, explicou, após participar da cerimônia comemorativa aos 22 anos da Lei de Cotas, de inserção dos portadores de deficiência física no mercado de trabalho.

Na avaliação do ministro, é fundamental que haja mudanças como a que foi estimulada pelo papa Francisco, durante a sua recente visita ao país, ao exaltar a necessidade de maior humildade e solidariedade entre os brasileiros. Ao discursar, na Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), o ministro comparou o clamor dos representantes dos deficientes, que se queixaram da lentidão no processo de inclusão, às manifestações nas ruas. Para ele, o exercício da democracia pode construir ;o país dos sonhos;.

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De acordo com Manoel Dias, a presidenta Dilma Rousseff recomendou à sua equipe de governo ouvir o povo nas ruas e cumprir a missão de entregar obras dentro dos prazos previstos. No seu ministério, explicou, a questão é atender à demanda dos trabalhadores.

O ministro informou que nos dois eventos externos que participou, tanto na 102; Conferência Internacional do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT), quanto na reunião do G-20 (grupo dos países emergentes), os temas recorrentes eram a defesa de um trabalho decente. ;A nação só será um país igual, justo e democrático no dia em que praticar o trabalho decente, e não ser apenas um discurso de categorias, do ministério, mas, sim, ser um discurso de Estado;.

Com base em dados do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS), a Fiesp informou ter ocorrido um gradativo aumento de vagas aos portadores com deficiência no estado de São Paulo, onde se concentram um terço das ofertas registradas no país. Em todo o Brasil somaram, em 2010, 306.013 vagas e, em 2011, 325.291.

Em São Paulo, ingressaram 96.252 pessoas em 2009; 100.305 em 2010 e 110.605 em 2011. Deste total, 38% ou 42.063, foram postos gerados na indústria e na construção civil. representando 38% do total.

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