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Crea aponta riscos de construção de bairro no Campo da Fé sem planejamento

Crea ressaltou que o terreno, de 1,7 milhão de metros quadrados, que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, está situado em uma área de mangue e, por isso, fica sujeito a alagamentos, se não for devidamente estruturado e preparado para receber edificações

postado em 30/07/2013 20:18

Por causa das chuvas, que deixaram o terreno encharcado, a vigília do último sábado (27/7) e a missa de domingo (28/7) foram transferidos do Campo da Fé para a Praia de Copacabana

Rio de Janeiro ; A construção de um bairro popular no terreno de Guaratiba, na zona oeste da cidade, onde estava sendo preparado o Campo da Fé (Campus Fidei), que abrigaria eventos da Jornada Mundial da Juventude, pode gerar graves riscos para a população, alertou nesta terça-feira (30/7) o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ). Por causa das chuvas, que deixaram o terreno encharcado, a vigília do último sábado (27/7) e a missa de domingo (28/7) foram transferidos do Campo da Fé para a Praia de Copacabana.

Em nota à imprensa, o Crea ressaltou que o terreno, de 1,7 milhão de metros quadrados, que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, pretende transformar em bairro, está situado em uma área de mangue e, por isso, fica sujeito a alagamentos, se não for devidamente estruturado e preparado para receber edificações. Segundo o conselho, o que ocorreu com o terreno com as chuvas da semana passada foi "apenas uma amostra" do que poderá ocorrer no futuro se não houver planejamento adequado e não for criada uma infraestrutura de engenharia capaz de suportar redes de drenagem, de água, de esgoto, ruas e construção de casas.

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O Crea destaca que é necessário "um projeto estrutural, um projeto executivo" e uma avaliação bem feita dos custos, "para ver se o investimento compensa os riscos futuros;. A nota do Conselho de Engenharia lembra episódios recentes, como o dos prédios que foram construídos em um terreno frágil em Niterói, na região metropolitana do Rio, que acabaram destruídos antes de ser ocupados pelos moradores, porque não tiveram projetos adequados.

;Construir em áreas de mangue e terrenos argilosos exige altos custos e investimentos. Portanto, há que se levar em consideração a questão custo e benefício;, destacou o Crea. Na nota, o conselho diz que está à disposição das autoridades municipais e estaduais e da sociedade, em geral, para dar a contribuição que for necessária ao processo.

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