Brasil

Testemunha afirma que Mércia Nakashima não morreu no dia dito pela polícia

No dia 23 de maio o vigia Evandro e Mizael se falaram 19 vezes por celular

postado em 30/07/2013 20:53
A testemunha protegida tratada como ;Alfa; contou que viu Mizael e Mércia no dia 26 de maio de 2010, em uma obra perto de um posto de pedágio, onde ele teria parado para pedir informações. A polícia defende que Mércia morreu no dia 23. Alfa se lembrou da jaqueta de couro de Mizael e notou um defeito no dedo da mão direita, quando ele lhe agradeceu a informação.

O segundo dia de julgamento do vigia Evandro Bezerra Silva, acusado de ajudar a assassinar a advogada Mércia Nakashima começou no início da manhã desta terça-feira (30/7) e se estendeu por quase 10 horas. Mizael Bispo de Souza já foi condenado a 20 anos de prisão, pela morte da ex-namorada.

[SAIBAMAIS]Márcio Nakashima, irmão de Mércia prestou depoimento a tarde. O primeiro encontro entre ele e Evandro aconteceu após o carro de Mércia ter sido encontrado. O réu perguntou se Márcio era irmão da desaparecida. Depois disso, o funcionário de um posto de gasolina onde o vigia trabalhava ligou para ele e contou que o réu teria sumido depois que acharam o carro da advogada, e que Evandro trabalhava para Mizael Bispo.

Ligações
O investigador Alexandre Simoni, responsável por analisar as ligações telefônicas entre Evandro e Mizael foi o primeiro a depor. Ele disse que no dia 23 de maio os dois se falaram 19 vezes por celular. Segundo a testemunha, essa quantidade de ligações fugiu do padrão.

Depois do dia em que o corpo de Mércia foi encontrado em São Paulo, o vigia teria viajado para o Nordeste. O investigador falou que pode afirmar que Mizael e Evandro mentiram e que eles se comunicaram por telefone perto da residência de Mércia e da família da advogada.

Joseja Mariano dos Santos, ex-mulher do réu foi a segunda testemunha do dia. Ao ser questionada sobre a arma de Evandro, ela contou que ele deixava o revólver em casa. Em seguida o amigo do vigia, Luís Araújo Sobrinho passou pelo júri, seguido de Gentil José de Oliveira, que trabalhava num posto de combustível onde Evandro e Mizael teriam se encontrado.

O interrogatório de Evandro durou quase duas horas, mas os jornalistas não tiveram acesso.

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