postado em 02/08/2013 10:08
A expectativa de vida ao nascer dos brasileiros passou de 62,5 para 73,8 anos, entre 1980 e 2010, um ganho de 11,3 anos, ou 18%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados nesta sexta-feira (2/8). Embora distoem em alguns detalhes dos indicadores fornecidos pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), na segunda-feira (29/7), os números do IBGE confirmam a tendência de envelhecimento da população brasileira.As mulheres continuam vivendo mais que os homens. A diferença do índice entre os sexos aumentou de 6,1 para 7,2 anos, nas últimas três décadas. Como fomentadora desta diferença, a sobremortalidade masculina entre jovens do sexo masculino, de 20 a 24 anos, cresceu 115,6% no período. A sobremortalidade masculina compara a relação entre as taxas de mortalidade de homens e mulheres. O índice passou de 2,04, em 1980, para 4,39, em 2010.
Chama a atenção uma inversão nos estados que lideram a lista da sobremortalidade masculina. Se na década de 1980 nenhum estado das regiões Norte ou Nordeste aparecia entre as cinco primeiras posições do índice, em 2010 a lista é liderada por Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Ceará.
Outro importante indicador de qualidade de vida, e que contribuiu para o envelhecimento da população, foi a intensa redução da mortalidade infantil. Para cada mil crianças nascidas vivas em 1980, 69,1 morriam antes de completar um ano de idade. Em 2010, o índice passou para 16,7, uma redução de 52,4%.
No ranking mundial, o Brasil ocupa o 91; lugar no ranking da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre expectativa de vida. O Chile está na 34; posição e a Argentina, na 59;. No grupo Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o país fica atrás apenas da China (70;). Depois do Brasil, estão Rússia (134;), Índia (149;) e África do Sul (179;).
Distrito Federal
Acompanhando a evolução do país, o Distrito Federal também aumentou a esperança de vida ao nascer, de 66,8 anos para 76,2, entre 1980 e 2010. A diferença entre mulheres e homens se manteve em 7,2 anos.
Mesmo tendo mais do que dobrado o índice de sobremortalidade masculina entre 1980 (2,26) e 2010 (4,95), o Distrito Federal saiu da 5; para a 7; posição da lista, tendo ficado para trás no ranking devido à escalada da violência no Nordeste.
A mortalidade infantil no DF também acompanhou o resto do país, mas não no mesmo ritmo. Em 1980, para cada mil crianças nascidas vivas no DF, 45,7 não chegavam ao primeiro ano de vida. Em 2010, o índice passou para 12,6. Mesmo com a redução, o DF perdeu posições no ranking nacional. Em 1980, só estava atrás do Rio Grande do Sul. Em 2010, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Espírito Santo ultrapassaram o DF, que caiu para a 6; posição da lista.