Agência France-Presse
postado em 04/08/2013 17:44
SÃO PAULO, 4 agosto 2013 (AFP) - Mais integração em momentos de crise internacional, autocrítica e um fortalecimento dos governos de esquerda da América Latina são os principais pontos que constam da declaração final emitida neste domingo (4/8) pelo Fórum de São Paulo, que também expressou duras críticas à recém-criada Aliança do Pacífico.
Fundado em 1990 pelo PT sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, o fórum começou na sexta-feira com a presença de delegados, grupos e partidos políticos da região, vários deles no poder em países como a Bolívia, Equador, Cuba, Nicarágua e Venezuela.
Segundo o documento final do encontro, "frente à profunda crise do capitalismo, a América Latina vive não apenas uma época de mudanças como uma mudança de época".
A integração regional é a grande resposta da América Latina, segundo o fórum.
O texto final também questiona a Aliança do Pacífico formada pelo Chile, Peru, Colômbia e México, um bloco que avança para uma área de livre comércio e estimula o intercâmbio com os países da Ásia.
"Denunciamos as tentativas, inspiradas em potências extrarregionais, no sentido de fraturar e sabotar a integração regional, como é o caso da chamada Aliança do Pacífico e a busca incessante por gerar crise e estimular divisões no Mercosul", assinala a declaração.
"Não por acaso, é formada por países que possuem tratados de livre comércio com os Estados Unidos", afirma ainda o texto.
Na sexta-feira, na abertura do fórum, Lula também questionou o novo bloco, que assinalou como uma tentativa de enfraquecer outros mecanismos de integração regionais como o Mercosul e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos(Celac), uma aliança de países da América sem os Estados Unidos ou o Canadá.
Mas, no encerramento do encontro, também houve espaço para a autocrítica. O presidente boliviano Evo Morales assegurou que os governos de esquerda não estão a salvo dos "levantes populares".
"Eu estou convicto que se em um país, por mais de esquerda que seja o governo, se falta alimento, ou falta movimento econômico, ou falta energia, não há governo que possa suportar os levantes de nossos povos", comentou.
"Se falta algo, de nada serve a ideologia", enfatizou.
Lula também afirmou na sexta-feira que está convicto de que é possível ter "um novo modelo de esquerda", ao admitir que os violentos protestos de junho no Brasil o pegou de surpresa.
Mais de um milhão de pessoas saíram às ruas em várias cidades brasileiras para exigir melhor educação, saúde e serviços públicos, e para criticar a corrupção política e os gastos milionários com o Mundial-2014.
As mobilizações derrubaram a popularidade da presidente Dilma Rousseff, que até então figurava como a favorita para as eleições de 2014.
A declaração final do 19o. encontro do fórum criticou, além disso, "as manobras dos Estados Unidos para retardar sua perda relativa de poder", ao comentar as revelações sobre espionagem.
"Rejeitamos totalmente este tipo de ingerência em nossos países", assinala o texto.
Fundado em 1990 pelo PT sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, o fórum começou na sexta-feira com a presença de delegados, grupos e partidos políticos da região, vários deles no poder em países como a Bolívia, Equador, Cuba, Nicarágua e Venezuela.
Segundo o documento final do encontro, "frente à profunda crise do capitalismo, a América Latina vive não apenas uma época de mudanças como uma mudança de época".
A integração regional é a grande resposta da América Latina, segundo o fórum.
O texto final também questiona a Aliança do Pacífico formada pelo Chile, Peru, Colômbia e México, um bloco que avança para uma área de livre comércio e estimula o intercâmbio com os países da Ásia.
"Denunciamos as tentativas, inspiradas em potências extrarregionais, no sentido de fraturar e sabotar a integração regional, como é o caso da chamada Aliança do Pacífico e a busca incessante por gerar crise e estimular divisões no Mercosul", assinala a declaração.
"Não por acaso, é formada por países que possuem tratados de livre comércio com os Estados Unidos", afirma ainda o texto.
Na sexta-feira, na abertura do fórum, Lula também questionou o novo bloco, que assinalou como uma tentativa de enfraquecer outros mecanismos de integração regionais como o Mercosul e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos(Celac), uma aliança de países da América sem os Estados Unidos ou o Canadá.
Mas, no encerramento do encontro, também houve espaço para a autocrítica. O presidente boliviano Evo Morales assegurou que os governos de esquerda não estão a salvo dos "levantes populares".
"Eu estou convicto que se em um país, por mais de esquerda que seja o governo, se falta alimento, ou falta movimento econômico, ou falta energia, não há governo que possa suportar os levantes de nossos povos", comentou.
"Se falta algo, de nada serve a ideologia", enfatizou.
Lula também afirmou na sexta-feira que está convicto de que é possível ter "um novo modelo de esquerda", ao admitir que os violentos protestos de junho no Brasil o pegou de surpresa.
Mais de um milhão de pessoas saíram às ruas em várias cidades brasileiras para exigir melhor educação, saúde e serviços públicos, e para criticar a corrupção política e os gastos milionários com o Mundial-2014.
As mobilizações derrubaram a popularidade da presidente Dilma Rousseff, que até então figurava como a favorita para as eleições de 2014.
A declaração final do 19o. encontro do fórum criticou, além disso, "as manobras dos Estados Unidos para retardar sua perda relativa de poder", ao comentar as revelações sobre espionagem.
"Rejeitamos totalmente este tipo de ingerência em nossos países", assinala o texto.