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Após seis anos, réus do acidente com o voo da TAM começam a ser julgados

Uma nova audiência está marcada para esta quinta-feira (8/8), onde uma pessoa será interrogada

postado em 07/08/2013 09:48
Começa às 14h desta quarta-feira (7/8) o julgamento dos réus envolvidos no acidente com o voo JJ3054 da TAM, no Aeroporto de Congonhas, em julho de 2007, na zona sul da capital paulista. A explosão do Airbus causou a morte de 199 pessoas. A primeira audiência do caso será realizada na 8; Vara Criminal Federal de São Paulo. A previsão da Justiça Federal de São Paulo é de que seis testemunhas de acusação prestem esclarecimentos ainda hoje.

Bombeiros apagam as chamas no predio da TAM Express, atingido pelo airbus da empresa, proximo ao aeroporto de Congonhas
Uma nova audiência está marcada para esta quinta-feira (8/8), onde uma pessoa será interrogada. A imprensa e os integrantes da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas (Afavitam) não foram autorizados a entrar no Fórum. A Justiça Federal alegou que não há espaço para acomodar todos os interessados em acompanhar o julgamento.

As testemunhas de defesa serão ouvidas nos dias 11 de novembro (por videoconferência com a subseção Judiciária do Rio de Janeiro), 12 de novembro (também por videoconferência, com a Subseção Judiciária de Brasília e de Curitiba) e nos dias 3, 9 e 10 de dezembro, em São Paulo.


Serão julgados a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu; o vice-presidente de Operações da TAM, Alberto Fajerman; e o diretor de Segurança de Voo da companhia, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro. Eles foram denunciados pelo procurador da República Rodrigo de Grandis e respondem pelo crime de ;atentado contra a segurança de transporte aéreo;, na modalidade culposa.

Bombeiros trabalham no resgate de corpos no prédio da TAM ExpressO procurador diz, no processo, que o diretor e o vice-presidente da TAM tinham conhecimento ;das péssimas condições de atrito e frenagem da pista principal do Aeroporto de Congonhas; e, mesmo assim, não tomaram providências para que, em condições de pista molhada, os pousos fossem redirecionados para outros aeroportos. Ambos também são acusados de não divulgar, a partir de janeiro de 2007, as mudanças de procedimento de operação com o reverso desativado (pinado) do Airbus-320.

[SAIBAMAIS]Denise Abreu é acusada de agir com imprudência, ao liberar a pista do aeroporto, a partir do dia 29 de junho de 2007, ;sem a realização do serviço de grooving [ranhuras na pista que facilitam a frenagem das aeronaves] e sem fazer formalmente uma inspeção, a fim de atestar sua condição operacional em conformidade com os padrões de segurança aeronáutica;.

Foram essas imprudências que levaram, na análise do MPF, o avião a atravessar todo a pista do aeroporto sem conseguir parar, até bater em um prédio da TAM no lado de fora do terminal.

Com informações da Agência Brasil

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