Jornal Correio Braziliense

Brasil

Cabo morta em chacina em Brasilândia denunciou colegas, diz ex-chefe

Coronel revela que Andreia Pesseghini acusou policiais de envolvimento no roubo de caixas eletrônicos e diz não acreditar que filho dela seja o assassino



O comandante diz que a cabo nunca relatou à PM que estava sofrendo qualquer tipo de ameaça. Ainda segundo o coronel, a investigação não chegou a nenhuma conclusão, mas alguns policiais foram transferidos para o setor administrativo ou transferidos.

O delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, Itagiba Franco, disse ontem que estão praticamente descartados outros suspeitos para a chacina que não seja o estudante Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini. "Respeitamos a família, mas vamos trabalhar e, se comprovarmos que foi o menino, paciência", disse. Na madrugada de ontem, policiais acharam na casa três armas que estavam guardadas. "Se alguém de fora da família tivesse entrado, certamente teria levado as armas", argumentou. Ele também confirmou que havia sangue na roupa do garoto. "As roupas das vítimas estavam ensanguentadas, mas não havia nada no chão, nem pegadas. As manchas estavam resumidas às vítimas, colchões e travesseiros. Nada nas paredes, no chão", acrescentou.



Segundo Franco, o menino usava uma camiseta branca, com sangue dele. Não haveria sangue de outras vítimas. Seria a mesma camiseta que o rapaz usava sob a jaqueta que ele veste no vídeo que o mostra chegando a sua escola. O delegado afirmou que a família já estava morta quando o menino dormiu no carro. "O menino tinha una doença (fibrose cística), tomava remédios. Você acha que os pais deixariam a criança passar a noite toda fora, sendo que não eram desleixados? Ele (Marcelo) sabia que eles estavam mortos. Isso é evidente", afirmou.

[VIDEO1]