Brasil

Adolescente suspeito de matar familiares aprendeu a atirar com o pai

PM que mora na mesma rua da família Pesseghini contou que o adolescente teve aulas de tiro e sabia dirigir

postado em 09/08/2013 06:05

Andréia, Luís Marcelo e Marcelo, em foto de 2010: segundo vizinho, adolescente tirava o carro da garagem diariamente

O delegado Itagiba Franco, responsável pela investigação da morte de cinco pessoas no bairro Vila Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira, informou ontem que o sargento da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) Luís Marcelo Pesseghini, ensinava o filho Marcelo Pesseghini, 13 anos, a atirar. Marcelo é suspeito de ter assassinado o pai, a mãe, a cabo da Polícia Militar Andréia Regina Bovo Pesseghini; a avó materna, Benedita de Oliveira Bovo; e a tia-avó Bernadete Oliveira da Silva. Horas após o crime o rapaz teria se matado. A informação divulgada pelo delegado foi colhida durante depoimento de um PM ouvido no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele disse ter presenciado uma das aulas de tiro ministradas pelo pai, que ocorriam em um estande na Zona Sul da capital paulista.



A testemunha, que morava na mesma rua da família Pesseghini, também revelou que os pais de Marcelo o ensinaram a dirigir, e o adolescente tirava o carro da família todos os dias da garagem. O mesmo automóvel teria sido conduzido pelo rapaz na madrugada de segunda-feira, quando o carro foi estacionado, à 1h15, próximo da escola onde ele estudava. Ele assistiu às aulas normalmente pela manhã e voltou para casa de carona com o pai de um amigo. Pouco depois, teria se matado, conforme perícia inicial da Polícia Civil. Com as novas informações, os investigadores praticamente descartaram a hipótese de outros suspeitos terem participado dos assassinatos.

Além do PM que revelou as supostas aulas de tiro de Marcelo, foram ouvidas novas testemunhas, incluindo familiares dos mortos, vizinhos e companheiros de corporação de Luís Marcelo e de Andréia. Também prestou depoimento, tanto na Corregedoria da PM quanto no DHPP, o coronel Wagner Dimas, ex-chefe de Andréia. Na quarta-feira, Dimas afirmou que a ex-subordinada havia denunciado colegas por roubo a caixas eletrônicos. Ontem, entretanto, ele reconsiderou a declaração e assinou termo negando as informações.

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