Brasil

Mulher é condenada a 13 anos de prisão pela morte do primo do goleiro Bruno

Denilza Cesário Silva, de 30 anos, foi condenada por homicídio qualificado por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima

João Henrique do Vale/Estado de Minas
postado em 09/08/2013 16:45
O juiz Ronaldo Vasques negou a ré o direto de recorrer em liberdade
A ex-funcionária de restaurante Denilza Cesário Silva, de 30 anos, foi condenada a 13 anos de reclusão em regime fechado, por participação na morte de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes. De acordo com o inquérito policial, ela seduziu o jovem para que o companheiro dela, Alexandre Ângelo de Oliveira, o Neguinho, de 28 anos, o executasse a tiros. A mulher foi sentenciada por homicídio qualificado por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. O juiz Ronaldo Vasques, negou a ré o direto de recorrer em liberdade.

O julgamento aconteceu no 1; Tribunal do Júri. A sessão estava prevista para começar às 8h30, mas houve um atraso de quase uma hora. Ao todo, 10 testemunhas foram ouvidas, sendo cinco de acusação e as outras de defesa. O executor do primo de Bruno ainda não tem data para ser julgado.

[SAIBAMAIS]Sérgio foi assassinado em 22 de agosto do ano passado. Na ocasião, levantou-se a possibilidade de a morte estar relacionada ao julgamento dos acusados pelo desaparecimento e morte da ex-modelo Eliza Samudio. Além de réu no processo, o primo de Bruno era apontado como uma das testemunhas-chave no caso. Porém, a hipótese foi descartada pela polícia.

De acordo com as investigações, Denilza afirmou que trabalha em um restaurante na Avenida Cristiano Machado. Para seguir até o serviço, ela passava pelo Bairro Minaslândia a pé. Em 21 de agosto, um dia antes do crime, a mulher afirma que caminhava pela rua onde Sérgio morava quando foi assediada por ele. Segundo relatos de Cesário, o primo do goleiro Bruno a abordou, a chamou de gostosa, tentou tocá-la e mostrou as partes íntimas para ela.

Denilza continuou o caminho e ouviu Sérgio dizer que, se ela passasse novamente no local, ele iria repetir os atos do dia anterior. A mulher chegou em casa, onde mora com o marido, e ligou para Alexandre, com quem tem um relacionamento extraconjugal. O homem, que já foi preso e condenado por tráfico de drogas, afirmou que no dia seguinte iria levá-la ao trabalho.



Logo cedo, Alexandre foi até a casa de Denilza em uma moto vermelha e cumpriu o combinado. Porém, não fez o caminho completo até o trabalho dela. A mulher foi deixada para seguir parte do caminho a pé, enquanto era monitorada por ele. Durante o percurso, Sérgio novamente foi ao encontro da garota e tentou agarrá-la.

Alexandre se aproximou do primo de Bruno e disse: ;então é você o estuprador;. Logo em seguida, deu dois tiros em Sérgio que saiu correndo. Enquanto ele fugia, o suspeito atirou quatro vezes, mas nenhum tiro acertou a vítima.

Sérgio ainda conseguiu correr e se escondeu atrás de uma árvore, na casa de amigos. Alexandre se escondeu atrás de um carro que estava estacionado no quintal da casa, recarregou a arma e voltou a atirar contra o jovem. Como o primo de Bruno não revidou os disparos, o homem desferiu cinco tiros à queima roupa. O último deles atingiu a boca de Sales. O casal foi preso em 3 de setembro do ano passado em cumprimento a um mandado de prisão.

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