postado em 16/08/2013 06:01
As manifestações de junho guardam poucas semelhanças com os grupos que hoje protestam nas ruas das maiores capitais do país, São Paulo e Rio de Janeiro. Os jovens com caras pintadas de verde-amarelo saíram de cena e abriram espaço para ativistas tanto de partidos políticos quanto de iniciativas anarquistas. Especialistas afirmam que o inconformismo com a qualidade de vida no Brasil continua presente na pauta dos jovens, mas alertam que os manifestantes podem perder o apoio da opinião pública, com atos de destruição contra propriedades privadas e o patrimônio público.;Os protestos se esvaziaram, ficaram menores. Agora, só restaram os extremistas;, afirma a antrópologa Alba Zaluar, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Segundo ela, os manifestantes, no caso do Rio, estariam defendendo ideias anarquistas ou fascistas, sem conhecer profundamente as ideologias. O cientista político da Universidade de Brasília (UnB) João Paulo Peixoto adverte que manifestações de massa estão sempre suscetíveis à influência de grupos partidários. ;Qualquer protesto de grandes propoções está sujeito a apropriação, mesmo que parcial, de um partido ou de organizações sociais.;
É o caso dos 10 jovens que passam dia e noite na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Nas redes sociais, eles pedem doação de alimentos e também divulgam as atividades diárias, como uma sessão de cinema durante a ocupação. O grupo Ocupe a Câmara avisa que hoje é dia de assistir a filmes anarquistas. ;Sexta ; Filmes anarquistas. A partir das 12h. Tragam seus filmes;, diz trecho da publicação no perfil do grupo na internet.
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