Brasil

Coronel que chefiava segurança de contraventor no Rio está entre os presos

Até o final da manhã, foram presas 20 pessoas, uma delas em flagrante

postado em 21/08/2013 15:02
Rio de Janeiro - O tenente-coronel da Polícia Militar (PM) Marcelo Bastos Leal, preso na manhã desta quarta-feira (21/8) em uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro, é suspeito de chefiar a segurança da quadrilha do contraventor Fernando Iggnacio, que explora jogos ilegais na cidade do Rio. O policial, atualmente afastado de suas funções na corporação, estava à disposição da Diretoria de Pessoal da PM. Até o final da manhã, foram presas 20 pessoas, uma delas em flagrante.

Ele foi um dos dez policiais militares denunciados pelo Ministério Público à Justiça por envolvimento com a quadrilha de Iggnacio. De acordo com o promotor Décio Gomes, além de chefiar a segurança da quadrilha, ele era o responsável por recrutar policiais para o grupo criminoso.

;Ele era o chefe da segurança. Ou seja, ele tinha a finalidade de alocar seus agentes, dizendo quem ia fazer a segurança de qual local, quem ia acompanhar o arrecadador [de dinheiro da quadrilha], quem ia à delegacia. Ele era o chefe-geral da parte da segurança ilícita;, disse.



Segundo Gomes, os policiais estavam lotados em diferentes batalhões e unidades da Polícia Militar, o que mostra que a quadrilha queria ter influência e contatos com PMs em diversas regiões da cidade do Rio de Janeiro.

Além dos dez policiais, o MP denunciou mais de 16 pessoas, entre elas Fernando Iggnacio, apontado como chefe da quadrilha. A Justiça decretou a prisão preventiva de todas elas, por crimes como formação de quadrilha armadas, corrupção ativa e passiva e exploração de jogos de azar.

Iggnacio já havia sido condenado pela Justiça Federal, em outro processo, por envolvimento com a máfia dos jogos ilegais e cumpria a pena em liberdade por decisão da Justiça. Até o final da manhã de hoje, ele ainda não havia sido preso.

A operação do Ministério Público recebeu a contribuição da Polícia Militar. O comandante-geral da PM, coronel José Luís Castro Menezes, disse que a corporação vai atuar sempre que houver desvios de conduta dos agentes.

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