Jornal Correio Braziliense

Brasil

Anvisa condena posição da Gol ao impedir o embarque de neto de coreógrafa

Anvisa declarou em nota que em nenhum momento foi acionada pela empresa, mesmo estando estabelecida nos principais aeroportos do Brasil

por causa da doença do neto.

De acordo com a filha da coreógrafa, Clara Colker, os comissários de bordo exigiram um atestado médico (o garoto tem feridas visíveis na pele), relatando a doença da crianção de três anos. Ela possui epidermólise bolhosa, uma doença genética não contagiosa.

A Anvisa declarou em nota que em nenhum momento foi acionada pela empresa, mesmo estando estabelecida nos principais aeroportos do Brasil.

A agência esclareceu que é de responsabilidade da empresa aérea comunicar a Anvisa imediatamente: "Em caso de suspeita ou evidência de evento de saúde pública a bordo de meio de transporte é obrigatória à comunicação imediata à autoridade sanitária do destino ou escala."

A Anvisa explicou de que forma o desembarque deve ser realizado: "O desembarque ou remoção de viajantes sob suspeita ou evidência de evento de saúde pública a bordo deverá ser autorizado pela autoridade sanitária, por meio do Termo de Controle Sanitário de Viajantes, conforme Anexo IV."



E abordou a explicação para esse tipo de caso:"Excepcionalmente, em situação de emergência médica, o desembarque ou remoção do viajante para um serviço de assistência à saúde poderá ser efetuado sem a autorização prévia da autoridade sanitária, desde que a mesma seja imediatamente comunicada."

De acordo com a filha da coreógrafa, Clara Colker, mesmo após receber informações de um médico da Infraero, chamado para olhar o caso, de que o menino não oferecia risco aos demais passageiros do voo, o comandante do aeronave deu ordens para não decolar enquanto não fosse apresentado um atestado.

O avião decolou com uma hora e meia de atraso, após a chegada de um agente da Polícia Federal (PF) e do médico da Infraero fazer um atestado médico.

A Anvisa declarou que irá apurar os procedimentos adotados pela Gol e vai avaliar as normas que serão aplicadas ao caso.

Em nota, a GOL disse que, buscando assegurar o bem-estar dos passageiros a bordo do voo, cumpriu rigorosamente as recomendações do Manual Médico da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).