Brasil

Anvisa condena posição da Gol ao impedir o embarque de neto de coreógrafa

Anvisa declarou em nota que em nenhum momento foi acionada pela empresa, mesmo estando estabelecida nos principais aeroportos do Brasil

postado em 21/08/2013 16:50

Criança possui epidermólise bolhosa, uma doença genética não contagiosa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária condenou a posição tomada pela empresa aérea Gol que por causa da doença do neto.

De acordo com a filha da coreógrafa, Clara Colker, os comissários de bordo exigiram um atestado médico (o garoto tem feridas visíveis na pele), relatando a doença da crianção de três anos. Ela possui epidermólise bolhosa, uma doença genética não contagiosa.

A Anvisa declarou em nota que em nenhum momento foi acionada pela empresa, mesmo estando estabelecida nos principais aeroportos do Brasil.

A agência esclareceu que é de responsabilidade da empresa aérea comunicar a Anvisa imediatamente: "Em caso de suspeita ou evidência de evento de saúde pública a bordo de meio de transporte é obrigatória à comunicação imediata à autoridade sanitária do destino ou escala."

A Anvisa explicou de que forma o desembarque deve ser realizado: "O desembarque ou remoção de viajantes sob suspeita ou evidência de evento de saúde pública a bordo deverá ser autorizado pela autoridade sanitária, por meio do Termo de Controle Sanitário de Viajantes, conforme Anexo IV."



E abordou a explicação para esse tipo de caso:"Excepcionalmente, em situação de emergência médica, o desembarque ou remoção do viajante para um serviço de assistência à saúde poderá ser efetuado sem a autorização prévia da autoridade sanitária, desde que a mesma seja imediatamente comunicada."

De acordo com a filha da coreógrafa, Clara Colker, mesmo após receber informações de um médico da Infraero, chamado para olhar o caso, de que o menino não oferecia risco aos demais passageiros do voo, o comandante do aeronave deu ordens para não decolar enquanto não fosse apresentado um atestado.

O avião decolou com uma hora e meia de atraso, após a chegada de um agente da Polícia Federal (PF) e do médico da Infraero fazer um atestado médico.

A Anvisa declarou que irá apurar os procedimentos adotados pela Gol e vai avaliar as normas que serão aplicadas ao caso.

Em nota, a GOL disse que, buscando assegurar o bem-estar dos passageiros a bordo do voo, cumpriu rigorosamente as recomendações do Manual Médico da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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