Três paquistaneses e dois cidadãos de Serra Leoa assistiam a uma aula de português em uma casa da Caritas, no Rio de Janeiro, na terça-feira passada. Os estrangeiros vieram ao Brasil como peregrinos da Jornada Mundial da Juventude e não querem mais voltar a seus países, onde se dizem perseguidos por serem católicos. O Correio teve acesso, com exclusividade, a histórias relatadas por eles ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Mais 35 pessoas, incluindo homens e mulheres da República Democrática do Congo, que também vieram ao país para ver o papa Francisco, tomaram a mesma decisão de buscar refúgio. Nesse caso, o problema relatado não é a perseguição religiosa, mas o longo conflito armado que desestruturou o país ; que não deve ser confundido com a vizinha República do Congo.
Os 40 peregrinos estrangeiros deram entrada no pedido de entrevista na Polícia Federal (PF) com a auxílio da Caritas, uma ONG internacional ligada à Igreja Católica que se dedica a ajudar refugiados independentemente de crenças ou religiões. Graças a essa política de universalidade, a instituição é parceira do Acnur em todo o mundo.
[SAIBAMAIS]Parte do grupo recebe abrigo da própria Caritas. Outra parte continua nas casas de voluntários que se ofereceram para hospedá-los durante a Jornada. Após serem entrevistadas pela PF, essas pessoas poderão ser consideradas oficialmente requerentes de refúgio. Os casos devem ser analisados pelo Comitê Nacional de Refugiados (Conare), vinculado ao Ministério da Justiça, que costuma dar uma resposta aos pedidos em um prazo que varia de seis a oito meses.
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