Brasil

Patriota afirma que não pode haver preconceito com médicos cubanos

Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara o ministro disse que promover o êxodo de médicos de países que também tem carência, nao é algo desejado

postado em 22/08/2013 16:25
Durante uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, destinada a discutir temas referentes à política externa brasileira o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, declarou que não pode haver discriminação em realação aos vizinhos do Mescosul.

"Nao há porque haver uma discriminação em relação aos vizinhos do Mercosul, mas também promover o êxodo de médicos de países que também tem carência, nao é algo desejado", afirmou o ministro.

Após a comissão Patriota afirmou que não vai falar especificamente sobre detalhes do programa. "Ele (o programa) está sendo conduzido de forma transparente e democrática, conta com o apoio da opinião pública brasileira, com apoio da imprensa até, como me referi ao editorial do Globo, e que eu acho que visa preencher uma lacuna de nosso pais dentro de um espírito de atender o melhor possível as carências da população brasileira."



Patriota afirmou que vivemos em uma democracia onde é possível fazer crítica a tudo, "até ao chanceler se for necessário".
[SAIBAMAIS]
Questionado se no Brasil poderia acontecer o que acontece em outros países onde os médicos cubanos recebem cerca de 300 dólares por mês, o ministro respondeu dizendo que quase todos os países do mundo que necessitam de médicos de outras nacionalidades, recorrem a esse tipo de facilitação. "Não tenho porque me pronunciar sobre esse tipo de detalhe do programa, o que acho importante é lembrar que nao devemos ter preconceito. Quase todos os países do mundo que necessitam de médicos de outras nacionalidades, recorrem a esse tipo de facilitação. Inglaterra, Estados Unidos, Austrália, Canadá, por que impedir que isso ocorra no Brasil?"

Nesta quarta-feira (21/8), o Ministério da Saúde anunciou que até o fim do ano 4 mil médicos vão chegar no Brasil para trabalhar nas cidades que não atraírem inscritos no Mais Médicos.

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