Brasil

Cabral diz que manifestações contra ele fazem parte do jogo democrático

O governador ressaltou que as polícias Civil e Militar são orientadas a respeitar e garantir a liberdade de manifestação, mas que badernas e "quebra-quebra" não podem ser admitidos

postado em 28/08/2013 13:32
Nova Iguaçu (RJ) - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse nesta quarta-feira (28/8) que as manifestações recentes contra ele fazem parte da democracia. Na terça-feira (27/8), uma nova manifestação em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, na zona sul da cidade, pediu a saída do governador.

Manifestação contra o governador Sérgio Cabral fecha rua onde fica o Palácio Guanabara, sede do governo fluminense
"No primeiro mandato, eu também tive manifestações [contra]. Isso faz parte do jogo democrático. Graças a Deus, vivemos em uma democracia", disse o governador, durante cerimônia de entrega de ambulâncias a prefeituras da Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu.

Perguntado se estava incomodado com os protestos, Cabral limitou-se apenas a dizer que ;é um democrata; e que, inclusive, foi "criado participando" de manifestações pela democracia.



O governador também foi questionado sobre excessos cometidos pela Polícia Militar, durante a manifestação desta terça-feira (27), quando depredações foram cometidas por parte dos manifestantes. Vídeos, supostamente gravados no protesto, publicados nas redes sociais, mostram policiais militares agredindo manifestantes desarmados e já imobilizados, com chutes e golpes de cassetetes.

O governador ressaltou que as polícias - Civil e Militar - são orientadas a respeitar e garantir a liberdade de manifestação, mas que badernas e ;quebra-quebra; não podem ser admitidos. Ele não comentou, no entanto, o que o governo está fazendo para evitar e punir excessos praticados por policiais militares durante os protestos.

;A polícia tem a orientação do secretário [de Segurança, José Mariano] Beltrame para que aja dentro do respeito à manifestação democrática. Não vamos tolerar o quebra-quebra. A ordem pública deve ser mantida, bem como a garantia do ir e vir das pessoas, o patrimônio privado e o patrimônio público. Isso não pode ser confundido com a livre manifestação, correta, justa, democrática que deve ser garantida;, disse Cabral.

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