Brasil

Reconstituição do desaparecimento de Amarildo continua nesta segunda

O processo, iniciado no começo da noite desse domingo, não tem previsão de término

postado em 02/09/2013 09:43

A reconstituição dos momentos que antecederam o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, continua na manhã desta segunda-feira (2/9), ainda sem previsão de término, segundo a Divisão de Homicídios (DH). O processo foi iniciado por volta das 18h40 desse domingo (1;/9). As duas principais hipóteses investigadas pela Polícia Civil para esclarecer o sumiço do pedreiro são o envolvimento de policiais militares ou de remanescentes do tráfico na comunidade.

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Segundo a assessoria da Polícia Civil, além da Divisão de Homicídios, participam da ação agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE). Treze PMs acompanham os trabalhos, entre eles, o major Edson Santos, comandante da UPP da Rocinha. Eles estiveram no Centro de Comando e Controle da UPP da comunidade, situado na Rua Dois, na casa de Amarildo e na base da UPP da Rocinha, localizado no Parque Ecológico da comunidade.



Imagem de vídeo mostra Amarildo entrando em carro de policiais

[SAIBAMAIS]Na quinta-feira (29/8), o Ministério Público do Rio (MP-RJ) encaminhou representação para que seja analisada uma proposta de ação civil pública contra cinco PMs. Na esfera penal também são investigados crimes de tortura e abuso de autoridade com a possibilidade de oferecimento de denúncia contra os PMs.

O processo, iniciado no começo da noite desse domingo, não tem previsão de término

Oito moradores da Rocinha prestaram depoimentos na quarta-feira e confirmaram as denúncias que já haviam sido encaminhadas ao MPRJ por outros moradores, através da ouvidoria e em outros procedimentos instaurados pela polícia. A maior parte das denúncias revela abusos de autoridade e tortura.



O pedreiro Amarildo desapareceu em 14 de julho, depois de ser levado por policiais para a sede da UPP da Rocinha. Os veículos da unidade estavam com o GPS desligado na noite em que ocorreu o caso, o que impossibilita que a Polícia Civil possa verificar, agora, se algum dos carros fez um caminho suspeito ou deixou a comunidade. A Polícia já havia informado que, naquela noite, não estavam funcionando duas das câmaras de monitoramento da UPP que poderiam confirmar a versão do comandante da unidade, major PM Édson dos Santos, de que Amarildo deixou o local a pé, descendo as escadas de acesso à Rua Dioneia.

Com informações do Diário de Pernambuco e da Agência Brasil

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