Jornal Correio Braziliense

Brasil

Manifestantes invadem desfile militar no Rio e são dispersados com gás

Os manifestantes, alguns mascarados, invadiram a Avenida Presidente Vargas, onde é realizado o desfile no centro do Rio, gritando slogans e confrontando a polícia, que já realizou várias prisões



Em Brasília, onde a presidente Dilma Rousseff assistiu ao tradicional desfile militar, a segurança foi reforçada. Centenas de manifestantes começavam a marchar na direção do Congresso, exigindo que os políticos corruptos vão para a cadeia. "Queremos melhorias na educação, reforma política e democratização da mídia, os protestos de junho serviram para pressionar o Congresso a aprovar medidas, temos que manter isso vivo", afirmou à AFP Philip Leite, do movimento estudantil Kizamba.

Está previsto que as manifestações durem todo o dia. Em Brasília, também coincidem com uma partida amistosa da seleção brasileira contra a Austrália, no estado Mané Garrincha. Quase 4 mil policiais protegem a capital federal, onde a polícia advertiu que os manifestantes mascarados serão identificados e detidos, uma medida que já começou a entrar em vigor no Rio para impedir atos de vandalismo contra bancos, comércio e bens públicos.

A presidente Dilma disse na véspera, durante a transmissão de um pronunciamento à nação, que "a população tem todo o direito de indignar-se com o que está errado e exigir mudanças", mas pediu para que não deixem que "uma camada de pessimismo cubra tudo e ofusque o mais importante: o Brasil avançou como nunca nos últimos anos".

Em São Paulo, uma manifestação convocada com o lema "Grito dos Excluídos" bloqueava o trânsito em parte da Avenida Paulista, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Em Recife, os manifestantes começavam a se concentrar usando traje de praia, com a ideia de fazer um protestos em bicicleta, segundo o site G1. A princípio, o objetivo era fazer o protestos com todos nus, mas a polícia alertou que haveria prisões caso isso acontecesse.

Outras manifestações também são realizadas em Porto Alegre, Belo Horizonte, Cuiabá, Belém, Fortaleza e Maceió, entre outras cidades.