Juliana Braga
postado em 07/09/2013 11:39
Protestos saíram às ruas logo após os desfiles de 7 de setembro nas principais capitais do país. A maior parte, bem humorada, pedindo melhorias na educação e saúde, o fim da corrupção e passe livre. Por enquanto, somente no Rio de Janeiro houve feridos. Em Porto Alegre, três foram presos portando facas. Na capital gaúcha, os ativistas se concentraram na prefeitura e seguiram para o local onde estava acontecendo o desfile. Os policiais montaram um bloqueio para impedir a passagem. Manifestantes estavam com rostos cobertos e roupas pretas. Em São Paulo, sindicalistas caminham pacificamente até o Monumento da Independência.
[SAIBAMAIS] Em Recife, a Frente de Ativismo Recife Criativo (Farc) convocou um desfile inusitado paralelo à parada de 7 de setembro. Pelados, ciclistas pedalariam pelas ruas da cidade pedindo o fim da hipocrisia,e pedindo uma reflexão crítica sobre os comportamentos da cidade. A idéia seria mostrar que as pessoas se escandalizam com a nudez, mas tratam com naturalidade problemas como a miséria e a exploração. Ainda durante a semana, a Secretaria de Defesa Social alertou que nudez é considerada atentado a pudor, passível de prisão. Em vez disso, os ciclistas foram com roupas de banho.
Em Maceió, integrantes do Grito dos Excluídos invadiram o local onde acontecia o desfile cívico. Com cartazes e gritando palavras de ordem, o grupo impediu a passagem da apresentação e o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) precisou intervir. O desfile foi interrompido e mais de mil pessoas ficaram sem desfilar. Em Natal, foram os policiais civis que foram para rua, mas para protestar.
Em greve desde o dia 6 de agosto, eles invadiram a área reservada para o desfile logo depois da apresentação gritando "Fora Rosalba". Temendo as vaiais, no entanto, a governadora Rosalba Ciarlini não participou do evento e teve a segurança na porta da sua casa reforçada por policiais militares.