postado em 11/09/2013 08:20
Cercado de mitos, preconceitos e tabus, o suicídio ainda não deixou de ser tema quase proibido para entrar na agenda da saúde pública. É assunto daqueles que as pessoas diminuem o tom de voz ao abordá-lo. Agora, volta à tona depois de um caso de repercussão, como a suspeita de que o cantor e baixista Champignon tenha atentado contra a própria vida. Diante do embaraço, aqui e em várias partes do planeta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta ontem: um milhão se autoexterminam anualmente. Isso significa, segundo as Nações Unidas, uma vítima a cada 40 segundos.[SAIBAMAIS]No Brasil, o problema também é grave. Levantamento do Correio com base nas informações sobre mortalidade do Departamento de Informática do SUS (Datasus) aponta que o número de suicídios notificados saiu de 6.780, em 1996, para 9.852, em 2011 ; um incremento de 45%. A média é de uma vida perdida a cada hora. Quarenta por cento das vítimas tinham entre 30 e 49 anos, seguidas pelo grupo mais jovem, de 15 a 29 anos, que corresponde a 30% do total de mortos. O Brasil fechou 2011 com um índice de 5,1 suicídios por 100 mil habitantes. A taxa não chega a de países como Finlândia, França ou China (mais de 16 por 100 mil habitantes), mas é grave o bastante para preocupar especialistas.
A matéria completa está disponível para assinantes neste . Clique para assinar o jornal.