Jornal Correio Braziliense

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Corpo de mineira assassinada na Itália é sepultado em Uberlândia

O empresário italiano Claudio Grigoletto, que está preso pelo crime, confessou o homicídio



O tio de Marília elogiou a investigação das autoridades italianas. ;Eu fiquei confortável com o nível de investigação feita pelo promotor Ambrogio Cassiani. Demonstrou ter um excelente conhecimento dos fatos e conseguiu bastante fatos probatórios. Usou artifícios que a polícia mineira não tem;, comentou Martins.

Informações de jornais italianos dão conta de que o empresário confessou o assassinato da mineira na última sexta. Grigoletto disse que os dois tiveram uma briga e ela bateu a cabeça no chão. As marcas no pescoço teriam sido causadas enquanto ele tentava conter uma convulsão que a mulher teve após a queda. Essa versão, no entanto, é contestada pelos investigadores. A perícia feita pela polícia italiana mostrou que a jovem morreu por estrangulamento, não em decorrência de uma queda.

Para Martins, a confissão pode ser uma estratégia do empresário para se livrar da prisão perpétua. ;No processo penal italiano, quando o réu confessa ele cai em uma situação de processo primário e negocia a pena. Neste caso tem que cumprir no mínimo 20 anos e depois poderá ser solto. No procedimento normal ele pegaria prisão perpétua. Com certeza a confissão foi uma estratégia. Mas tem uma outra visão, porque na parte cível ele terá de indenizar a família da vítima;, afirmou o tio de Marília.