Brasil

CFM suspeita de diplomas falsificados no Programa Mais Médicos

Conselho afirma ter recebido certificados precários, inclusive, com a tradução feita à mão. Órgão mantém a recomendação aos CRMs para não concederem o registro aos profissionais do programa formados no exterior

postado em 18/09/2013 06:00
Roberto d'Ávila afirma que está prezando a fiscalização da prática
Em mais um capítulo da briga entre o governo e as entidades de classe em torno do Programa Mais Médicos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou que mantém a recomendação de negar o registro provisório aos profissionais com diploma estrangeiro. Os órgãos regionais só expedirão o documento caso o Ministério da Saúde informe onde cada profissional atuará, além do nome do tutor, do supervisor e da universidade a que estará vinculado. Presidente da autarquia, Luiz Roberto d;Ávila considera tais dados essenciais para que a fiscalização do exercício da profissão possa ser feita. Ele elevou o tom das críticas, dizendo que há perigo de diplomas falsos apresentados por inscritos no programa, ao mostrar certificados que não têm sequer selo consular ou tradução confiável.



O ministério começou, na terça-feira (18/9), a notificar os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) sobre o parecer publicado na segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff e pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que lista os documentos suficientes para a concessão do registro provisório. Ao mesmo tempo, a pasta pede que sejam comunicados todos os problemas relacionados à documentação dos 624 médicos, do total de 682, que já solicitaram a autorização. Até agora, nenhum foi expedido. Hoje, será publicada a lista com o nome dos médicos aprovados no curso de acolhimento (focado especialmente no idioma português) e os municípios para onde eles vão. Pelo menos 11 passarão por uma recuperação, por mau desempenho, e um foi reprovado.

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