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Garota confessa ter matado universitário na Unicamp, diz polícia

De acordo com o delegado, Maria Tereza Pelegrino, de 20 anos, disse que matou em legítima defesa

Tábita Martins
postado em 24/09/2013 18:31
O delegado Rui Pegolo, que investiga a morte de um estudante dentro da Unicamp, ocorrida no último sábado, informou nesta terça-feira (24/9) à Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) que a namorada de um dos suspeitos esfaqueou e matou o universitário Denis Casagrande, de 21 anos durante festa na universidade.

De acordo com o delegado, Maria Tereza Pelegrino, de 20 anos, disse que matou em legítima defesa. Ela é namorada de Anderson Mamede, que confessou ter batido em Denis com um skate depois que ele "mexeu" com a garota.

A polícia agora está checando a veracidade das informações e aguarda imagens gravadas por câmeras de segurança da universidade. Amigos de Denis ainda serão ouvidos, além dos pais e irmãos da vítima. Até agora ninguém foi preso.



O caso

O aluno do segundo ano de mecatrônica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) morreu esfaqueado em uma briga em uma festa não autorizada dentro do câmpus da universidade, na madrugada de sábado. Denis Papa Casagrande, de 21 anos, cursava engenharia e controle de automação, na Faculdade de Engenharia Mecânica. Ele era de Piracicaba e se envolveu em uma briga na festa, que acontecia no Ciclo Básico do câmpus.

Anderson Marcelino Mamede, de 20, principal suspeito do crime, também ficou ferido com uma facada na perna e foi internado no Hospital de Clínicas da Unicamp. O crime aconteceu por volta das 3h30, quando alunos da Unicamp brigavam com um grupo de punks que estava na festa. Segundo relataram os guardas municipais, a briga teria começado por um desentendimento entre os jovens por causa da namorada de Mamede, Maria Tereza Pelegrino, de 20 anos.

A festa, batizada de "Festival de rádios livres", que aconteceu no teatro de arena do Ciclo Básico, foi organizada pela Rádio Muda - rádio universitária que funciona dentro do câmpus. O evento, que contou com banda, estava marcado para as 23h.

A Unicamp divulgou nota em que informou que a festa era irregular e não foi autorizada. Segundo a nota, por volta das 23h a vigilância interna da universidade chegou a acionar a Polícia Militar e a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) por causa da invasão do câmpus por participantes da festa. Eles teriam avançado sobre as barreiras e os vigilantes de duas guaritas.

"Ambas as solicitações não foram atendidas, apesar da insistência da Vigilância Interna", disse a Unicamp em nota. A PM informou que não houve chamado sobre festas no campus. A Emdec informou que a área dentro da universidade não é de competência da empresa.

A Unicamp informou que vai apurar o caso "e identificar os responsáveis pela festa realizada sem autorização da instituição bem como a participação de pessoas estranhas à comunidade acadêmica".

Desde 2009, toda festa no câmpus está sujeita a autorização prévia da universidade, que disse não ter autorizado nem tem participação na rádio, que segundo a nota, opera de forma "clandestina e ilegal". A rádio funciona dentro da caixa d;água na praça do Ciclo Básico. Os responsáveis da rádio não foram encontrados para comentar o caso.

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