postado em 25/09/2013 10:45
O segundo dia de julgamento de Giselma Carmen Campos será marcado pelo depoimento do filho dela, Carlos Eduardo Campos Magalhães, como testemunha de acusação. Ela é acusada de mandar matar o marido Humberto de Campos Magalhães, diretor-executivo da Friboi. Além de Carlos Eduardo, será ouvido no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, o policial civil Ricardo Canuto Scabar, também como testemunha de acusação. Além de Giselma, o irmão dela, Kairon Vaufer Alves, também está sendo julgado pelo assassinato.No primeiro dia do julgamento as atenções se voltaram para o filho do casal. Ao testemunhar contra a mãe, Carlos Eduardo Magalhães negou qualquer interesse na herança ; tese levantada pela defesa da ré. O rapaz de 22 anos disse ter ;certeza absoluta; de que Giselma mandou matar Humberto por não querer dividir o patrimônio com uma eventual nova parceira do executivo, que tinha se separado da mulher havia um ano.
[SAIBAMAIS];Estou aqui para defender a memória do meu pai e lutar pelo que eu acredito;, afirmou, na porta do fórum da Barra Funda, em São Paulo, ontem. O julgamento deve durar mais dois dias. Para o Ministério Público, Giselma contratou o próprio irmão, Kairon Valfer Alves, que teria encomendado o assassinato a dois matadores. Com o telefone de Carlos Eduardo entregue por Giselma, os bandidos fizeram contato com Humberto, dizendo que o garoto havia passado mal em uma rua na Zona Oeste da capital paulista. Ao chegar lá, Humberto foi alvejado com tiros. O crime ocorreu em dezembro de 2008.
A polícia cogitou latrocínio, mas verificou que dinheiro, cheques e objetos no porta-malas do carro estavam intactos. Os investigadores chegaram a Giselma porque a mulher, ao receber a polícia em casa, tentou se desfazer de um chip de celular, jogando-o no vaso sanitário. O acessório foi recuperado, apontando ligações dela com a morte do ex-marido. A defesa de Giselma insistiu na tese de que Humberto foi morto por Kairon devido a uma dívida de drogas, classificando a acusação do filho da ré como ;sem fundamento;.
Carlos Eduardo acredita que a tese da defesa, de que Kairon matou Humberto sozinho por causa de drogas, seja um acordo, já que o tio tem condenação por tráfico de drogas. Os dois pistoleiros, que já foram julgados, estão presos, cumprindo 20 anos de prisão, cada um. O júri que decidirá o destino de Giselma é formado por sete pessoas ; quatro mulheres e três homens. Eles também julgarão Kairon pela morte do executivo. O promotor do caso, José Carlos Consenzo, sustentou que Giselma mandou matar o ex-marido porque não aceitava a separação. ;Ela não queria perder o status, perder o patrimônio e perdê-lo para outra mulher;, disse. Consenzo descartou que a vítima usasse drogas.